Em audiência com o secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, o senador Laércio Oliveira (PP-SE) defendeu a votação de uma reforma tributária que não provoque desemprego e nem o aumento de preço de serviços. Acompanhando de dirigentes de entidades do setor, Laércio elogiou o diálogo entre os diferentes setores da economia e o esforço do Congresso para simplificar o atual modelo e modernizar a cobrança de impostos.
“A reunião foi muito positiva, com a aproximação de diferentes pontos de vista abertos para a negociação. Nosso objetivo é garantir mais eficiência ao atual sistema e impulsionar novos investimentos e a geração de empregos”, disse Laércio, ao lamentar que os textos que estão em análise no Congresso aumentam os impostos para os setores que mais empregam.
“O setor terciário, como o comércio, transporte, saúde, educação e turismo, é o que mais emprega no Brasil, e representa cerca de 75% do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. Não queremos demonizar a reforma, mas a população não pode ser prejudicada com aumento de impostos e de preços de alguns produtos e de serviços. Os micro, pequenos e grandes empresários querem trabalhar, crescer e gerar empregos”, resumiu Laércio.
No mesmo sentido, durante a reunião, os representantes do setor de serviços manifestaram preocupação com os impactos negativos que serão causados por um possível aumento de tributos. Também defenderam a possibilidade de alíquotas diferentes, que já estão sendo estudadas pelo grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Os empresários ainda sugeriram a desoneração na folha de pagamento como uma das formas de impedir uma alta nos encargos e para facilitar novas contratações.
O secretário extraordinário da reforma tributária admitiu que o assunto deve ser discutido no segundo semestre deste ano.
Sem redução de impostos
Bernard Appy já manifestou que o governo espera aprovar a reforma tributária na Câmara até meados de julho, após as discussões sobre o novo arcabouço fiscal. Appy também avaliou que a atual situação fiscal não dá espaço para a redução da carga tributária.
Participaram da reunião a superintendente da Federação de Empresa e Conservação (Febrac), Cristiane Oliveira, o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança, Luiz Gustavo Barra, representando a Federação das Empresas de Segurança e Transporte de Valores, e o vice-presidente institucional da Federação de Trabalho Temporário e Terceirizado, Ermínio Lima Neto.