A recente decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que sinaliza uma revisão dos limites territoriais entre Aracaju e São Cristóvão, acendeu um sinal de alerta entre os moradores da Zona de Expansão de Aracaju. A sentença abre caminho para que o município vizinho administre bairros como Santa Maria, Mosqueiro, Robalo, Areia Branca e Matapuã — áreas atualmente em pleno desenvolvimento e investimento pela Prefeitura de Aracaju.

Diante da situação, o vereador Pastor Diego (União) ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na sessão desta quinta-feira, 7, para se posicionar e tornar de conhecimento público, uma Carta Aberta da população local que teme os efeitos adversos da referida decisão. O parlamentar expressou sua preocupação sobre como essa transferência afetará o desenvolvimento e a qualidade dos serviços prestados à comunidade.

“Podemos abrir esta Casa, que é a casa do povo, promover uma Audiência Pública, chamar os moradores para que possam expressar seus anseios e que esse posicionamento traga alguma sensibilidade ao juiz competente, ao desembargador do TRF-5”, afirmou o parlamentar, reiterando que uma mudança administrativa tão impactante exige a participação ativa e o consentimento da população.

A vereadora Sônia Meire (Psol) apoiou a iniciativa, reforçando que uma Audiência Pública é essencial para incluir todos os envolvidos — desde associações comunitárias até órgãos de fiscalização e as prefeituras de Aracaju e São Cristóvão. Ela destacou que além dos moradores, outros interesses, como o das comunidades tradicionais e da especulação imobiliária. “É necessário um debate conjunto, devemos agir em unidade para construir alternativas que respeitem os direitos da população local”, endossou.

Obras inacabadas
 
Na ocasião, Pastor Diego também criticou o abandono de uma obra de infraestrutura na estrada do Aloque, situada na região que corresponde ao bairro Jabotiana. Segundo relatos dos residentes, a prefeitura de Aracaju iniciou melhorias na via de acesso antes das eleições, mas após o pleito, os trabalhos foram interrompidos sem justificativa.
“Toda a comunidade estava esperançosa, pois há muito tempo sofrem com falta de saneamento básico e estrutura adequada. Entretanto, a obra foi abandonada, gerando revolta e indignação entre os moradores”, relatou Diego, cobrando uma resposta do prefeito Edvaldo Nogueira sobre o destino da obra e pedindo a retomada urgente dos trabalhos.

Por Lucivânia Pereira