Na Sessão Plenária desta terça-feira (21) na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o deputado Paulo Júnior (PV), falou sobre uma visita que fez na última segunda-feira (20), juntamente com o deputado Georgeo Passos (Cidadania), ao Hospital da Criança e ao Hospital Santa Isabel, após receberem informações de que o problema da superlotação persiste nas duas unidades de saúde. O parlamentar lamentou a falta de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) Pediátricas no estado e cobrou providências ao governado Fábio Mitidieri, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
“Também recebemos informações que a superlotação também atinge a ala pediátrica do Hospital de Urgência de Sergipe. A situação como o Governo do Estado trata a saúde pública do povo sergipano é de deixar o coração partido. No mês de fevereiro, a cúpula da saúde de Sergipe, em entrevista coletiva, lançou o Plano de Ação de Enfrentamento da Dengue e Sazonalidades de Doenças Respiratórias em crianças, com o anúncio de um investimento de 10 milhões de reais para a ampliação de leitos de UTI Pediátrica, criação de estabilização de enfermarias e até o momento, nada de concreto foi realizado pela Secretaria de Estado da Saúde. O Governo do estado investe muito em propaganda no site oficial e na maioria dos sites de notícias”, lamenta.
Paulo Júnior ressaltou que durante a visita aos hospitais, no Santa Isabel, a informação da direção foi de que em outubro de 2023, entregou à Secretaria de Estado da Saúde, um Plano de Contingência para a ampliação de leitos. “Infelizmente, a falta de compromisso fez com que nada tivesse avançado e até ontem estavam aguardando a assinatura de contrato para a ampliação de mais dez leitos de enfermaria, já que não existe mais tempo para a montagem das equipes para os leitos de UTI. Governador Fábio Mitidieri, Vossa Excelência precisa chamar o feito à ordem; pois a secretaria não tem planejamento de ações e tem vários secretários ordenando e mandando. Quem tá pagando a conta é o povo sergipano, principalmente as crianças”, enfatiza acrescentando que 100% das UTIS Pediátricas de Sergipe estão ocupadas.
“Tem crianças aguardando vagar leitos para serem internadas porque esse governo não se planejou; não colocou em prática aquilo que foi apresentado pelo próprio staf da Secretaria da Saúde no mês de fevreiro. “Como os parlamentares podem explicar ao povo sergipano que o governador está fazendo um maravilhoso festejo junino aqui no nosso estado? Realmente está investindo no turismo e fomentando a economia, mas a saúde pública não está sendo prioridade. Recentemente visitei o Hospital de Urgência com o deputado Georgeo Passos, em seguida o governador foi lá e resolveu o problema de forma emergencial, ou seja, só age depois que é provocado por esta Casa, depois que é provocado pela imprensa e por setores da oposição. É um governo que na área da saúde está como um barco à deriva, navegando em alto mar”, alfineta.
“A gente faz um alerta aos pais e às mães de Sergipe, que nesse exato momento, as suas crianças precisarem de um leito de UTI, não tem; se precisar de um atendimento com uma maior complexidade, vai ter dificuldades, porque já está tudo lotado. O governo até pensou ano passado em fazer um plano, mas parece que ficou no papel e não conseguiram executar. Será que vão esperar as nossas crianças morrerem para fazer uma ação que já deveria ter sido feita há mais tempo? A pediatria do Huse tem um patamar melhor, mas a Ala Vermelha, em que estão as crianças graves não tem vagas. a UTI não tem vagas. Vimos ontem no Hospital da Criança, a superlotação, com crianças entubadas, aguardando leitos para serem transferidas em busca de um suporte para salvar as vidas. O município de Aracaju tem uma grande responsabilidade pois não consegue manter os postos de saúde abertos à noite e nos finais de semana para atender a baixa complexidade. No Santa Isabel, a porta está restrita; as mães estão voltando sem ter onde buscar atendimento. Precisa-se contratualizar leitos e a gente não está falando isso de hoje. A Secretaria da Saúde sabia que esse ano seria pior porque são vários vírus circulando”, alerta.
Fotos: Joel Luiz/Alese