O vereador de Aracaju, Sargento Vieira (Cidadania), tem se posicionado contra a extinção da função do cobrador de ônibus e, atendendo às denúncias de alguns rodoviários que trabalham no transporte coletivo, protocolou na Câmara Municipal de Aracaju um requerimento para a realização de uma audiência pública com o objetivo de discutir o processo em andamento de extinção da função do cobrador, além da segurança dos usuários e da queda na qualidade dos serviços.
Em resposta a um ofício enviado pelo vereador Sargento Vieira, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) assegurou que “tem buscado alternativas para evitar demissões, investindo na capacitação e promovendo seus funcionários”. No ofício, o Setransp ainda disse que “a preservação dos postos de trabalho tem sido o foco do setor”.
Diante argumentação do sindicato patronal, o vereador Sargento Vieira explica que não quer iniciar uma “guerra” com o Setransp, reconhece que a prestação do serviço pelas empresas é importante, gera emprego e renda, e garante dignidade, mas desde que isso não prejudique os trabalhadores e nem reduza os postos de trabalho.
“Eu respeito o Setransp e agradeço a atenção em responder o nosso ofício, mas eu não tenho compromisso com os patrões, com as empresas de ônibus, mas sim com os trabalhadores. Elas exercem seu trabalho e são bem remuneradas para isso! Se não fosse bom, essas empresas já teriam largado o osso! Não ficariam se tivessem acumulando prejuízos!”, pontuou Vieira.
O vereador ainda disse que “as empresas estão usando a pandemia da COVID-19 como desculpa para acabar com a função de cobrador, para sobrecarregar o motorista de ônibus que, além de ter atenção na condução do veículo, agora terá a responsabilidade de receber a passagem e passar o troco para o usuário. Estão colocando vidas em risco e as autoridades desse Estado não podem silenciar”.
Licitação
Sargento Vieira pretende intensificar as cobranças pela “eterna promessa” de licitação do transporte coletivo. “Aracaju é uma cidade que já cresce desordenadamente e não é compreensível que entre prefeito e saia prefeito e a licitação do transporte coletivo não saia do papel! Com a licitação a gestão terá base legal para exigir das empresas mais qualidade no serviço que é prestado à população. Vamos cobrar!”.
Fonte: assessoria: