O deputado Rodrigo Valadares criticou veementemente a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de adiar a sessão que instauraria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) para investigar os atos do dia 8 de janeiro.
Para o deputado, essa manobra é uma tentativa do governo de que hajam mais desistências de assinaturas e seja evitado que a verdade sobre o que aconteceu naquela data venha à tona. Ele questionou ainda o motivo do medo da investigação e afirmou que a pressão popular será mantida até que a CPMI seja instaurada.
“CPMI adiada. Por que tanto medo das investigações? Nós entendemos que é uma manobra do governo para conseguir retirar as assinaturas. Mas, tranquilizando a todos vocês, quero dizer que, a cada assinatura que cai fora, nós conseguimos pelo menos duas ou três a mais. Temos assinaturas de sobra para instalar a CPMI”, declarou Rodrigo.
O adiamento da sessão foi considerado uma surpresa para muitos, já que o registro de presença havia sido aberto e o quórum mínimo havia sido atingido. No entanto, Pacheco alegou que precisava avaliar a questão da proporcionalidade na composição da comissão e que havia uma disputa entre as bancadas pela escolha do relator.
Rodrigo Valadares, junto aos demais deputados de oposição, já deixaram claro que não irão facilitar até que a Comissão Parlamentar de Inquérito seja instaurada e já se reúnem para obstruir as pautas no Congresso Nacional até que a primeira sessão da Casa aconteça.
A sociedade brasileira, por sua vez, tem esperado transparência e respostas sobre o que de fato aconteceu no dia 8 de janeiro, sendo a CPMI um instrumento legítimo e necessário para a apuração dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.