Durante entrevista à Rádio Rio FM de Aracaju nesta segunda-feira, 14, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) destacou seus compromissos com o Partido dos Trabalhadores (PT) e sua atuação constante em alinhamento com o presidente Lula (PT) e o Governo Federal, assim como a base aliada no Congresso. O senador também abordou sua participação ativa na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 08 de janeiro de 2023, e comentou sobre suas perspectivas para as eleições de 2024.
Em relação aos resultados da CPMI, o senador declarou que ela “já deu muita coisa”. “O processo jurídico já estava avançado quando iniciou. Veja quantas pessoas já estão indiciadas? O que a CPMI tem, como obrigação, é mostrar que o 08 de janeiro não foi um ato isolado, mas um ato final de desespero, porque o golpe não tinha mais como acontecer”, comentou.
“O que a CPMI tem, como obrigação, é mostrar que o 08 de janeiro não foi um ato isolado, mas um ato final de desespero, porque o golpe não tinha mais como acontecer. Não dará em pizza porque já virou em mais de mil indiciamentos e mais de 600 pessoas já foram transformadas em réus. E muitos já estão presos. É preciso ter clareza que muitos resultados já estão aí”, esclareceu.
Carvalho pontuou, ainda, que a CPMI vem “esclarecendo à população sobre o que ocorreu nos quatro anos de governo de Bolsonaro e que chegaram à tentativa de golpe”. “O Anderson Torres já tinha a informação de que haveria algo grave e foi para a Disney. A responsabilidade pela segurança e ordem do Distrito Federal é de responsabilidade da Segurança Pública do Distrito Federal. É a Polícia Militar do DF quem tem essa responsabilidade e ele foi conivente e deixou o campo aberto para que os atos acontecessem. Só tínhamos oito dias de governo e não havia tempo sequer de uma ação nesse sentido. É uma justificativa descabida que a base de Bolsonaro insiste em ter para justificar o injustificável”, revelou.
Relações em Brasília
Além disso, Rogério Carvalho detalhou um pouco sobre suas atividades em comissões do Senado e suas missões internacionais visando melhorias na infraestrutura e na produção agropecuária. Ele ressaltou sua integração com o PT e outros membros do governo. “Eu não tenho problema com Gleisi, com Haddad. Inclusive, no novo Arcabouço Fiscal, o Haddad incorporou contribuições minhas. Acabei de viajar com o ministro Fávaro, tenho uma relação extraordinária com Padilha e com todos os ministros do governo Lula, sobretudo com o ministro Márcio Macêdo”, afirmou.
“Inclusive, é válido esclarecer que eu entendo o papel institucional dele e respeito isso. Não tenho nada contra a esses papéis. Mas o PT tem a posição de oposição no estado de Sergipe e, se alguém não entendeu qual a posição majoritária do partido, é preciso refletir. Porque o PT tem posição firme. Não tem que ficar vinculado nada a Rogério, mas é importante lembrar que o PT que tem uma posição e eu sigo à uma posição do meu partido, porque sou disciplinado. É preciso ‘desrogerizar’ essas questões em relação ao ministro Márcio e deixar isso claro: o meu entorno não tem feito críticas ao companheiro Márcio Macêdo”, acrescentou.
Rogério continuou ressaltando sua aliança com o Partido dos Trabalhadores, assegurando que sempre estará em defesa daquilo que acredita desde o início de sua trajetória na militância. “Eu sou petista. Nunca me filiei a nenhum outro partido, porque o PT nunca vai sair de mim. Sou uma pessoa formada por princípios e compromissos. Não vou mudar minhas origens e meu jeito de ser por conveniência. Não sou e nunca fui de conveniência”, garantiu.
*Eleições 2024*
Questionado sobre possíveis apoios na disputa pela Prefeitura de Aracaju, na eleição de 2024, o senador Rogério Carvalho voltou a ressaltar que mantém o compromisso firmado no ano de 2020 e que, no que depender dele, a indicação do Partido dos Trabalhadores será pelo nome do ministro Márcio Macêdo. “Eu tenho um compromisso firmado com o ministro Márcio Macêdo desde 2020. Se ele tem interesse ou não, é ele que vai dizer e nós vamos discutir, coletivamente com o PT, quem será o candidato”, declarou
“Portanto, enquanto ele não disser o contrário, eu tenho o compromisso firmado em defesa de seu nome. Eu tenho um legado e preciso garantir esse legado e respeitar a vontade do povo. Estamos no começo do segundo semestre do primeiro ano após as eleições. Então, vamos chegar em 2024 para termos alguma definição, mas não tenho ressalvas a ninguém, desde que seja fruto de um debate numa discussão política dentro do nosso campo”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Foto: Daniel Gomes