Devido à sua experiência como delegado da Polícia Civil de Sergipe, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) elaborou, a pedido dos colegas senadores, um plano de trabalho para a CPI da Pandemia no Senado. A proposta será objeto de avaliação dos parlamentares na Comissão. Existe a expectativa da realização da primeira reunião da CPI da Pandemia na próxima terça-feira (27).
“O desenvolvimento dos trabalhos permitirá uma maior transparência acerca da atuação estatal no combate ao novo coronavírus, a identificação das respectivas responsabilidades dos gestores públicos e o posterior aperfeiçoamento da legislação para casos semelhantes que possam vir a ocorrer no futuro”, afirma Vieira na proposta.
O plano de trabalho prevê a criação de quatro sub-relatorias: vacinas e outras medidas para contenção do vírus, colapso da saúde em Manaus, insumos para tratamento de pacientes doentes, e emprego de recursos federais. A proposta ressalta que tanto as autoridades quanto os servidores públicos seriam convocados na condição de testemunhas. Neste caso, a ida seria obrigatória.
A previsão é que a CPI da Pandemia ouça o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Representante de laboratórios que produziram cloroquina a pedido do Governo Federal, e laboratórios que fornecem ou negociam a venda de vacinas também devem ser ouvidos.
O senador Alessandro Vieira acredita que um trabalho bem organizado, com uma sequência bem feita de depoimentos e de coleta de documentos pode ajudar o Brasil a ter acesso à verdade na questão do combate à pandemia.
“A CPI deve ter a possibilidade de conduzir o governo para uma postura mais responsável e técnica. Não temos como resgatar as vidas perdidas, mas é possível colocar o governo numa função mais proativa e mais baseada na ciência. A CPI deverá mostrar que quem atua fora daquilo que a ciência prescreve pode ser e será responsabilizado, seja politicamente ou criminalmente”, avalia o senador Alessandro.
Fonte: Assessoria