O senador Rogério Carvalho (PT/SE) comentou, nesta segunda-feira, 18, sobre as mudanças dos depoimentos da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da próxima terça-feira, dia 19.
Inicialmente, o depoimento do general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro, seria ouvido pela CPMI do 8 de Janeiro de amanhã, no entanto, houve uma alteração na programação, e a Comissão decidiu convocar Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República e atual integrante da equipe do ex-presidente. Com isso, o depoimento de Braga Netto deve ser remarcado para a sessão do dia 5 de outubro.
Carvalho disse que, em seu entendimento, o ideal seria que “Braga Netto fosse ouvido neste momento”, mas acredita que a “oitiva de Crivelatti também trará informações importantes”.
“Eu preferia que fosse o Braga Neto, porque ele é o mentor de toda a tentativa de golpe e de todos os atos antidemocráticos, mas vamos aproveitar a oportunidade para ter mais informações sobre as operações ilícitas de venda de joias e de venda de patrimônio público que Bolsonaro cometeu através dos seus assessores”, ressaltou.
Rogério Carvalho pontuou, ainda, que Osmar Crivelatti desempenhou o papel de coordenador administrativo na Ajudância de Ordens da Presidência da República, atuando sob a supervisão do tenente-coronel Mauro Cid. “A colaboração entre Osmar Crivelatti e o tenente-coronel Mauro Cid na Ajudância de Ordens da Presidência da República certamente contribuiu para a execução de diversas atividades”, disse o senador Rogério.
“Portanto, essa coordenação administrativa desempenhada por Crivelatti, sob a orientação de Mauro Cid, demonstra a magnitude da organização e cooperação deles dois dentro do cenário do golpe. E é justamente nesse aspecto que vamos nos inteirar para buscar informações sobre como se dava essa relação diária e quais atos foram orientados e executados por ele“, acrescentou.