Um levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que os usuários do transporte público estão entre os mais suscetíveis a serem contaminados pela Covid-19. "Não podemos dizer que a Covid-19 afeta todos da mesma forma. Sabemos que aqueles que mais sofrem com a doença são os que, por necessidade, embarcam todos os dias num coletivo lotado para ir e voltar do trabalho. Essas pessoas são as que mais correm o risco de serem contaminadas e acabarem, portanto, levando a doença para dentro de casa", disse a senadora Maria do Carmo Alves (DEM).
Segundo a pesquisa, nos distritos onde os usuários tinham o coletivo como principal meio de transporte, o coeficiente de contaminação foi de 0,80. Para os que faziam o trajeto de automóvel, esse nível caiu para 0,39. “É uma diferença absurda e revela quão complexa é essa situação", destacou a parlamentar, ao defender que órgãos fiscalizadores, gestores e entidades do setor adotem medidas visando a organização dos transportes coletivos de modo a evitar ajuntamentos de pessoas e, naturalmente, mais contaminação.
“Estamos acompanhando o caos que está sendo enfrentado praticamente pelo país inteiro. Todo o cuidado é pouco, pois o sistema de saúde está colapsado”, alertou Maria, ao ressaltar que uma solução plausível para essa questão é o escalonamento de horários de todas as atividades do Estado, como já vem sendo defendido pelo ex-deputado José Carlos Machado (DEM) e adotado pelo município de Aracaju desde o último dia 12.
Com o escalonamento, espera-se diminuir o fluxo de passageiros nos horários de pico. "Essa medida faz com que os indivíduos tenham mais liberdade e flexibilidade ao retornarem às suas casas, sem aglomeração”, afirmou. A senadora acrescentou, ainda, que o escalonamento por si só não é suficiente. “Serão necessárias outras iniciativas e ações contínuas de verificação das metas de diminuição de fluxo de passageiros no transporte público até que o problema seja sanado”, disse.
Fonte: Assessoria de Imprensa