A vereadora Sheyla Galba (União Brasil) protocolou Requerimento para que a Secretaria Municipal de Defesa Social e Cidadania (Semdec) apresente à Câmara Municipal de Aracaju (CMA) o detalhamento do plano de prevenção e também contingência contra enchentes do município. A medida tem em vista o agravamento das situações de alagamento e suas consequências na cidade nas últimas semanas.
Durante o Grande Expediente desta quarta-feira (8), na Tribuna do Legislativo, a parlamentar expôs fotos de ruas completamente inundadas por água e lama em vários bairros da cidade e também a imagem de um táxi que caiu em uma cratera aberta após a chuva na avenida Alexandre Alcino, no bairro Santa Maria.
“O asfalto em Aracaju é sonrisal, que se desmancha com a água. Ano após ano, no período das chuvas, são recorrentes as localidades que têm sofrido alagamentos com sério prejuízo para os moradores, para a infraestrutura desses bairros que, em muitos casos, já têm urbanismo precário, e também para a saúde pública municipal já que essas situações aumentam a incidência de doenças infecciosas”, justificou Galba.
Dados da própria Secretaria, divulgados pela imprensa, indicam que a capital sergipana registrou em abril um volume de chuva 108% maior do que a média da série histórica para o mês. No Requerimento, a parlamentar pede que sejam evidenciados os investimentos do Município para a prevenção de enchentes, bem como o protocolo de ação emergencial a ser executado numa eventual situação de calamidade como a enfrentada pelo município de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Sheyla lembrou que no primeiro ano do seu mandato indicou emendas ao Orçamento do Município para limpeza e desobstrução de canais, mas elas foram vetadas pelo Executivo. “Infelizmente, os vereadores dessa Casa mostram os problemas, indicam soluções, mas não são ouvidos por essa gestão que está aí há 16 anos, conhece muito bem os problemas da cidade, mas não resolve. Enquanto isso, o povo sofre”, lamentou.
A vereadora também entende ser necessário maior esforço da gestão municipal no sentido de conscientizar e orientar a população sobre medidas que podem ajudar a prevenir transtornos decorrentes das mudanças climáticas. “Os alagamentos são provocados por uma série de fatores que vão desde problemas na rede de drenagem ao descarte irregular de lixo. Por isso, a Prefeitura precisa ter um papel não somente reativo para agir quando a população já está sofrendo, mas também na educação de moradores e até na formação de líderes comunitários para apoiar a Defesa Civil em eventuais situações de urgência, por exemplo”, sugeriu Sheyla.