A Polícia Civil de São Paulo realizou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 12, uma operação policial com o objetivo de apurar a suposta existência de uma organização criminosa que estaria instalada em uma representação sindical dos motoristas e colaboradores do transporte coletivo rodoviário do estado paulista.
Um dos alvos dessa operação é o ex-parlamentar sergipano José Valdevan de Jesus Santos, o Valdevan Noventa, além de outros diretores do sindicato. Não houve expedição de mandados de prisão, apenas de busca e apreensão em endereços de Sergipe, na capital paulista, na Grande São Paulo e também no litoral.
Segundo a Polícia Civil, a investigação em andamento busca apurar a prática de alguns crimes, dentre eles, ameaça, extorsão, apropriação indébita, além de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e capitais.
Em nota, a assessoria de Valdevan esclarece que ele e o Sindmotoristas respeitam e se colocam à disposição das autoridades para quaisquer atos que se fizerem necessários ao inquérito policial. Ainda segundo a nota, ambos foram surpreendidos com a notícia da operação e que seu departamento jurídico está acompanhando o caso.
“De modo preliminar, esclarecem que tratam-se de apontamentos de eventuais indícios de um inquérito ainda em curso, o qual nem mesmo os investigados e seus advogados tiveram acesso. Portanto, tais respostas serão oportunamente apresentadas aos autos e aos veículos de comunicação”, escreveu a assessoria.
A nota terminando destacando que que o Sindmotoristas é um dos sindicatos mais atuantes e comprometidos com a classe trabalhadora do país. “No que tange a transparência, a entidade tem todas as suas contas aprovadas em assembleias e de modo unânime por toda a categoria, eventos que contam com ampla divulgação e cobertura da imprensa.”, finaliza.
Mandato cassado
O deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE) teve seu mandato cassado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 10 de junho. A decisão foi tomada durante sessão virtual extraordinária por 3 votos a 2. O parlamentar é acusado de compra de votos e abuso do poder econômico nas eleições de 2018.
Fonte: Infonet