Com as altas temperaturas registradas durante o verão, a população tende a beber mais água do que de costume, mas, ainda assim, as desidratações podem acontecer. É preciso tomar cuidado com algumas situações, pois a estação mais quente do ano apresenta um aumento nos casos de infecção urinária. Quem faz o alerta é o médico urologista Bruno Garcia, referência técnica do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). Ele explica que, apesar de beber mais água, as pessoas costumam urinar menos do que deviam, o que eleva o risco de contrair um quadro infeccioso pelas vias urinárias.
“Apesar das pessoas beberem mais água durante o verão, elas urinam menos. E o cálculo renal está muito mais relacionado à produção de urina e não propriamente da água ingerida. A infecção urinária normalmente ocorre pelo deslocamento ascendente de microrganismos através da uretra, principalmente se o indivíduo urina pouco ou mantém a urina muito tempo parada dentro da bexiga, obviamente sem urinar”, explica.
O urologista também destaca que durante o verão, o Huse registra um aumento de 40% de crises de cólicas renais que necessitam de intervenções cirúrgicas, e alerta que a melhor prevenção é ingerir bastante água com o objetivo de conseguir obter uma micção mais clara possível.
“Há um aumento constatado de 40% na incidência de crises de cólicas renais que demandam intervenções cirúrgicas. Uma média de 35 casos por mês. Ingerir mais água é sempre um estímulo à micção. O objetivo é ter uma urina bem clara. Os sintomas de infecção urinária são ardor, queimor ao urinar, dor no abdome inferior e vontade de urinar com mais frequência, às vezes com urgência para urinar. O tratamento é feito com uso de medicações antibióticas”, disse.