O nutricionista Hugo Xavier destaca algumas recomendações para este período de “quarentena” da população.

Nunca se falou tanto sobre o sistema imunológico como nos dias atuais. Os cientistas têm buscado, incessantemente, resultados positivos para a cura do novo Coronavírus, o COVID-19 e a população, de forma geral, procura uma forma de prevenção. Por isso, a preocupação com a alimentação vem ganhando destaque.

Mas, será que existe alguma fórmula pronta para aumentar a imunidade? Em meio a tantas discussões nas Redes Sociais, apareceram as terapias milagrosas no campo da Nutrição. Misturas de chás, shots, sucos e superalimentos capazes de prevenir e até combater o Coronavírus.

O Conselho Federal de Nutricionistas logo tratou de esclarecer alguns pontos sobre essas terapias. “Não existem protocolos técnicos nem evidências científicas que sustentem alegações milagrosas. A alimentação saudável depende de uma diversidade alimentar, não de supostos superalimentos isolados, e deve ser adequada a cada indivíduo”, disse a nota oficial do CFN.

“Uma alimentação rica em micronutrientes (minerais e vitaminas) associada a substâncias bioativas (não nutrientes) presentes em alimentos que possuem atividade de redução do risco de doenças, se utilizados de forma habitual, podem condicionar um sistema imunológico mais eficiente, com menor risco de doenças. ”, reitera a nota.

Mas, e agora? Quais hábitos alimentares a população deve manter ou adotar para melhorar a imunidade?  “O sistema imune é responsável por combater a ação negativa das bactérias, fungos, vírus que agem no nosso corpo quando esse sistema está enfraquecido. Alguns fatores contribuem para esse enfraquecimento, estresse físico, ambiental e emocional, além de uma alimentação desequilibrada, com deficiência de alguns nutrientes”, declara o nutricionista Hugo Xavier, coordenador do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes.

“Necessitamos fortalecer o sistema imunológico com uma alimentação bem equilibrada e rica em alguns nutrientes como as proteínas, vitaminas e minerais”, acrescenta.

Confira algumas recomendações do nutricionista para este período de “quarentena” e garantir o fortalecimento do sistema imunológico.

1.  A Proteína é uma substância reconhecida como parte vital dos tecidos vivos. Derivada de uma palavra grega significa “de primeira importância”.

“Os alimentos ricos em proteínas são os de origem animal (carnes, peixes, ovos, leite e derivados como queijo e iogurte). Também existem alimentos de origem vegetal que contêm proteínas, como é o caso das leguminosas, como grãos, lentilha, ervilhas, feijão e   soja”, salienta Hugo Xavier.

2. As vitaminas, compostos orgânicos presentes naturalmente em menor quantidade nos alimentos, são essenciais para a manutenção do metabolismo normal, desempenhando funções fisiológicas específicas.

“Destacamos para o fortalecimento do sistema imunológico as vitaminas A, C e E, que são vitaminas antioxidantes, que podem ser encontradas em alimentos de origem animal como leite e ovos, vegetais folhosos como brócolis e couve e os vegetais com a coloração amarelada como cenoura e abóbora. As frutas cítricas são fontes de vitamina C ou ácido ascórbico, laranja, limão, abacaxi, acerola, tangerina, kiwi, caju, morango e goiaba. Além de espinafre, agrião, tomate, brotos de verduras, pimentão, rúcula, alho, repolho. Já as fontes de vitamina E são: óleos vegetais (soja, milho, girassol, oliva cártamo,), nozes, sementes de girassol, kiwi, gérmen de trigo, vegetais de folhas verdes, grãos integrais e peixes”, frisa.

3. Entre os minerais, destacam-se o zinco, selênio e ácido fólico.

“O zinco que tem como principais fontes  frutos do mar, ostras, camarão além de carnes bovina, de frango e de peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos.  O selênio que contém alto poder antioxidante, facilmente absorvido pelo organismo, encontrado nas castanha-do-pará, nozes, aveia, semente de girassol, carnes em geral, feijão etc. Ácido fólico (B9) presentes em alimentos como feijão, leite, soja, milho, lentilhas, levedura, cereais, ovos, e todos os vegetais verdes escuro como espinafre, brócolis, couve”, finaliza o nutricionista.

Assessoria