A coordenadora de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Juliana Oliveira, alerta a população para os riscos à saúde causados pela automedicação, especialmente em tempos de pandemia, quando não há um fármaco específico para o tratamento do novo coronavírus. "E ainda que houvesse, é preciso levar em conta que o medicamento que serve para uma pessoa não serve, necessariamente, para outra, ainda que sofram da mesma doença", enfatizou.
Dor de cabeça ou garganta, febre, enjoo, entre outros sintomas leves, são, em geral, tratados por meio da automedicação. Mas, segundo a coordenadora, esse hábito é perigoso porque dependendo da dosagem utilizada, a medicação que serve para curar pode causar complicações. "Muitas vezes, por falta de tempo ou dificuldade de acesso ao médico, muitos acabam recorrendo à indicação de pessoas não habilitadas, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde", lamentou Juliana Oliveira.
Ela salientou que a utilização de medicamentos é a forma mais comum de terapia na sociedade brasileira, embora existam estudos que demonstram a existência de problemas de saúde cuja origem está relacionada ao uso de fármacos. "Entretanto, é importante observar que a possibilidade de receber o tratamento adequado, conforme e quando necessário, reduz a incidência de agravos à saúde, bem como a mortalidade para muitas doenças", disse.
Na avaliação de Juliana Oliveira, no âmbito da assistência farmacêutica, a educação em saúde ainda é o maior e melhor instrumento para a promoção do uso racional dos medicamentos, informando, motivando e ajudando a população a adotar e manter as práticas e estilos de vida saudáveis.
"Com a promoção do uso racional de medicamentos, pode-se contribuir para a diminuição dos casos de intoxicação e internações hospitalares, e consequentemente, atuar mais em níveis de prevenção e promoção da saúde, proporcionando melhor alocação dos recursos disponíveis", concluiu a coordenadora da Assistência Farmacêutica.
Fonte e foto: SES