O prefeito Edvaldo Nogueira assinou, nesta quarta-feira, 7, o decreto nº 7.496/24, que institui o Centro de Operações Emergenciais de Aracaju. Formado por secretários e representantes de órgãos operacionais da gestão municipal, o COE terá como foco a deliberação de medidas de enfrentamento às situações adversas que possam ocasionar impactos intersetoriais e que tragam riscos iminentes à população. A primeira ação do Centro, segundo informou o prefeito da capital, em reunião com os membros, é a elaboração de um plano de ação preventivo para o combate à dengue na cidade.

"No último sábado, eu e a secretária Waneska Barboza participamos de uma reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que se concentrou nas discussões de estratégias para o enfrentamento à dengue, em virtude do aumento significativo de casos da doença no país. Diante do que nos foi apresentado, resolvi criar o Centro de Operações Emergenciais, no âmbito municipal, para que possamos antecipar as ações na capital, intensificando as medidas preventivas, especialmente por causa das chuvas de março que será o momento mais crítico em nossa cidade. Aracaju está bem, o nosso LIRAa mostra isso, mas não podemos relaxar. Ao contrário, temos que nos antecipar, como estamos fazendo agora", destacou o prefeito, ao assinar o documento.

Edvaldo acrescentou também que o Ministério da Saúde assumirá o comando nacional no combate ao Aedes aegypti, centralizando as discussões, mas ressaltou que, com a criação do COE, a gestão também traçará medidas no âmbito municipal. "Diferente do que aconteceu com a covid-19, hoje estamos presenciando um Ministério enérgico e que de maneira eficiente chamou os gestores para o combate à dengue. Mas não nos impede de elaborar um protocolo municipal, com ações complementares, que nos possibilite ter ainda mais eficácia, sobretudo porque, se houver uma epidemia, não temos como criar uma barreira e impedir que nos acometa, entretanto, podemos minimizar e a nossa experiência nos dá condições para isso. A última epidemia que tivemos em Aracaju foi em 2008, na minha primeira gestão, quando tivemos 10 mil casos confirmados de dengue, e desde aquele momento aprimoramos as ações. Temos um trabalho muito efetivo, o que faremos é nos debruçar ainda mais porque é a ação integrada que fará a diferença", reforçou.

Avaliação epidemiológica

Durante a primeira reunião do COE, a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, apresentou a avaliação epidemiológica das arboviroses em Aracaju. Entre janeiro e a primeira semana de fevereiro deste ano, a capital sergipana registrou  160 casos notificados de dengue, 25 de chikungunya e 3 de zika, totalizando 188 notificações. Destes, foram confirmados sete casos de dengue, cinco de chikungunya e nenhum de zika. Em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com a secretária, a capital sergipana apresenta uma queda de 50,7% dos casos de dengue, 88,3%, de chikungunya e 25%, de zika. No total, houve uma redução de 66% dos casos de arboviroses em Aracaju.

A secretária expôs ainda o Plano de Intensificação para o Controle do Aedes aegypti na capital, que foi elaborado pela Saúde de Aracaju para fortalecer as ações, diante do quadro que está sendo apresentado nacionalmente. Com a medida, a Prefeitura fortalecerá ainda mais o trabalho que já é realizado cotidianamente, a exemplo de mutirões de limpezas, visitas domiciliares, aplicação de fumacê costal, entre outras, prevenindo e controlando processos epidêmicos, além de evitar complicações pelas doenças transmitidas pelo mosquito no município. O plano é classificado por níveis de transmissão e abrange um conjunto de ações para um deles. Ele tem como base o controle vetorial do agente transmissor, a vigilância epidemiológica, a assistência aos pacientes acometidos pelas arboviroses, a ampliação das ações de mobilização e de comunicação.