Subvariante teve primeiro caso confirmado no Brasil na última sexta-feira (18); em Sergipe ainda não há ocorrências

Na última sexta-feira (18), foi registrado no Brasil o primeiro caso oficial da variante EG.5 do vírus da Covid-19, popularmente conhecida como Éris. Trata-se de uma subvariante da Ômicron, que atualmente é a cepa que mais apresenta casos da doença no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem registros de casos em mais de 50 países, mas o risco de saúde pública é baixo em nível global. “Essa classificação deve-se ao fato de que ela [a variante Éris] não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença, ou seja, o número de hospitalização e óbitos, em comparação às demais”, explica a biomédica Lorena Xavier, coordenadora do curso de Biomedicina do Centro Universitário Estácio de Sergipe. “Não houve modificação no cenário de casos notificados ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Brasil até o momento, e por isso não há, por enquanto, necessidade de mudanças das recomendações vigentes”, complementa. 

Apesar disso, a especialista indica que é preciso ter atenção para uma possível mudança de cenário por conta da subvariante. “A nova cepa apresenta mutações que conferem ao vírus vantagens no ataque à saúde do portador, aumentando a capacidade de transmissão e de escape imune e tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a variante predominante”, informa Lorena. 

Frente a esta iminente ameaça, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendou às autoridades de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal a adoção de medidas para o aumento da coleta de testes diagnósticos e a vigilância dos casos sintomáticos de Covid-19 para detecção precoce de mudança no cenário epidemiológico. Além disso, a SBI fez também algumas recomendações a serem seguidas pela população, como o uso de máscara em locais fechados por pessoas que estão no grupo de risco, como idosos, gestantes e imunodeprimidos. 

Outra medida relevante no combate à nova cepa é o cumprimento do calendário vacinal, atualizado com as doses de reforço recomendadas. Todas as pessoas com 6 meses de idade ou mais devem ter pelo menos 3 doses de vacina realizadas. “As vacinas se mantêm ativas na proteção de gravidade e morte para todas as variantes circulantes atualmente, incluindo a Éris”, reforça a especialista. 

Atualmente, está sendo oferecida para a população a vacina bivalente, que promove a imunização para novas variantes do coronavírus, além da cepa original. Aplicada em dose única, essa nova vacinação é considerada mais eficaz. 

Dados da prefeitura de Aracaju estimam que apenas 23% da população esperada recebeu a dose da vacina bivalente. O imunizante contra a Covid-19 está disponível em todas as 45 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital, para todas as idades. Já a vacina bivalente pode ser tomada por pessoas a partir de 12 anos. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. As UBSs Augusto Franco, Marx de Carvalho, Francisco Fonseca e Onésimo Pinto funcionam em horário estendido até as 18h. Nos shoppings, a vacinação acontece de segunda a sábado, das 10h às 16h, para pessoas a partir de cinco anos. É preciso apresentar documento com foto e cartão de vacina para receber o imunizante.