O governador Belivaldo Chagas destacou, na tarde desta terça-feira (30), em entrevista coletiva à imprensa no Palácio de Despachos, a expansão de leitos de UTI nos hospitais da rede pública estadual, para atender os pacientes de Covid-19. O governador disse que pretende ofertar um total de 221 leitos. No momento, Sergipe conta com 176 leitos de UTI nos hospitais públicos do Estado.
Belivaldo Chagas informou que, na última segunda-feira (29), o governo do Estado abriu mais 10 leitos de UTI no Huse (Hospital de Urgência de Sergipe), passando para um total de 38 vagas que foram preenchidas imediatamente. Na próxima semana, há previsão de abertura de mais 18 leitos de UTI, sendo 10 no Hospital Universitário de Lagarto e oito no Hospital Regional de Estância. É prevista, ainda, a abertura de novos leitos de UTI no Hospital Regional de Itabaiana e Cirurgia.
Apesar de o governo contar com os equipamentos necessários para a abertura de novos leitos, o governador está cauteloso devido à falta de profissional de saúde para ficar na linha de frente do atendimento. “Muitos profissionais tiveram que se afastar por terem testado positivo”, revelou.
Outra preocupação de Belivaldo Chagas, é com a falta de medicamentos para os pacientes que precisam ser intubados. “Alguns medicamentos usados para intubar os pacientes estão com o estoque baixo, suficiente para 15 ou 30 dias. Estamos tentando comprar e não conseguimos. Os recursos para aquisição, nós temos, mas os medicamentos são importados e estão em falta no mercado mundial, não somente em Sergipe ou no Brasil”, alertou.
Segundo o governador, o Ministério da Saúde assumiu o compromisso com os governadores do Brasil de abrir esse caminho para que os Estados possam adquirir esses medicamentos. “Abrimos alguns leitos em hospitais, observando os cuidados, mas cada dia que passa aumenta o número de pacientes que precisam ser intubados e que necessitam desses medicamentos”, alertou.
Ele disse que o Estado já conseguiu comprar alguns medicamentos, como 10 mil ampolas de um medicamento utilizado para intubação. “A chegada desse medicamento dará uma folga, mas se a dificuldade de conseguir os demais medicamentos necessários para incubação, poderá nos levar a uma situação de não poder abrir leitos por falta de pessoal e medicamentos”, ressaltou.
Belivaldo Chagas disse ainda que representantes do setor produtivo estão para adquirir 20 respiradores para o Hospital Cirurgia. Desse total, o hospital já recebeu 10 e no início de julho deve receber mais 10. “Há o risco de recebemos esses 10 respiradores e não conseguirmos colocar 10 leitos de UTI para funcionar, porque precisamos dos medicamentos e há a falta de profissionais que estão positivando”, lamentou.
O governo de Sergipe recebeu do Governo Federal, 55 respiradores fixos; do Banco Itaú mais 10; e 55 respiradores de uso em transporte. “Aquilo que foi problema lá atrás, a falta de respiradores, está deixando de ser um problema para ser agora a falta de pessoal. Foi por isso mesmo que a gente fez a opção de não abrir um hospital de campanha, porque a gente aproveita a estrutura da nossa rede hospitalar, utilizando a estrutura já existente, inclusive de pessoal “ concluiu.