Sergipe apresenta o primeiro caso positivo para o novo Coronavírus (SARS-CoV2). Os primeiros testes específicos foram realizados no último sábado, 14, no Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen). O kit, composto de reagentes e insumos, fabricado pela Biomanguinhos, foi encaminhado pelo Ministério da Saúde (MS) para o Estado na última sexta-feira, 13.

De acordo com o superintendente do Lacen, Cliomar Alves dos Santos, quando a amostra que está sob suspeita do vírus chega ao Laboratório Central passa por diferentes estágios de preparação e extração deste a extração do RNA até chegar à etapa final do processo, que é amplificação do material genético. “Iniciamos os procedimentos e o resultado foi confirmado através da técnica de biologia molecular, o RT-PCR em tempo real, para confirmação do SARS-CoV2”, informou.

Conforme o superintendente do Lacen, o trabalho utilizou parte de um dos quatro kits que o Ministério da Saúde encaminhou para Sergipe. Anteriormente as amostras dos pacientes com suspeita passavam pelo Laboratório Central para uma triagem e análise de nove vírus respiratórios. Depois desses primeiros procedimentos e finalizado os testes, a amostra era encaminhada para o Rio de Janeiro, sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde era realizada a investigação do Covid-19.

Agora o fluxo mudou a amostra primeiramente será testada para o SARS-CoV2 e o resultado liberado no prazo médio de 24 horas, caso o teste apresente resultado negativo a amostra será testada para os outros vírus respiratórios.

Para implantação do teste do Covid-19 em Sergipe, Cliomar Alves participou de treinamento na Fiocruz sobre os procedimentos técnicos utilizados nos testes moleculares do SARS-CoV2. “Na Fundação Osvaldo Cruz recebemos orientação da Dra. Marilda Siqueira, referência nacional em vírus respiratórios”, detalhou o gestor do Lacen.

Segundo ele as análises processadas em Sergipe proporcionam um tempo resposta ágil para o governo do Estado através da Secretaria de Estado da Saúde. “Teremos o resultado em até 48 horas, assim, podemos colaborar com a conduta terapêutica e de isolamento do paciente, bem como com a tomada de decisões das Vigilâncias Epidemiológicas do Município e do Estado nas ações preventivas e educativas dos gestores e a população geral”, conclui o gestor do Lacen.