Unidade hospitalar realizou operação para correção de escoliose do adolescente
O Hospital de Cirurgia, através de seu Serviço de Neurocirurgia, ampliou a realização de procedimentos cirúrgicos que envolvem deformidade da coluna, realizando, recentemente, a correção de escoliose idiopática do adolescente. Nos últimos anos, a operação para tratar tais deformidades, que é complexa e de alto custo, vinha sendo realizada somente na rede privada.
Uma adolescente de 16 anos foi submetida ao procedimento cirúrgico para correção de escoliose no Hospital de Cirurgia, no dia 29 de maio, sob os cuidados da equipe especializada em coluna vertebral, composta pelos médicos Dr. Ricardo Motta, Dr. Ricardo Dantas e Dr. Eckstânio Rocha. Também fizeram parte da equipe Dr. Dimas Fernandes, o anestesiologista Dr. York Lopes e o neurofisiologista Dr. Franklin Borges.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose idiopática é uma patologia que acomete entre 2% e 4% da população mundial. Trata-se de uma condição na qual a coluna vertebral desenvolve curvatura anormal, que pode afetar o alinhamento do corpo, assim como levar a outros problemas físicos. Apesar de se desenvolver em qualquer idade, é mais frequente ocorrer entre 10 e 18 anos.
*Cirurgia complexa*
“A escoliose é uma é uma doença muito comum entre os adolescentes. O seu tratamento pode ser feito através do uso de colete até a realização de cirurgia. Existe um consenso que pacientes com graus elevados de escoliose, acima de 50, devem ser submetidos a tratamentos cirúrgicos, como foi o caso da nossa paciente”, informa Dr. Ricardo Motta.
Dr. Ricardo explica por quais motivos o procedimento cirúrgico é complexo. “Estamos falando de uma operação que fazemos uma desconformação de uma deformidade que distorce a anatomia normal do corpo, abordamos a coluna inteira, onde é necessária uma equipe profissional grande e envolve também o risco de perda sanguínea e de dano neurológico. Por isso, a dificuldade é maior”, relata. De acordo com o médico, o grau de curvatura da escoliose da paciente era 65, considerado grave.
Com duração de cinco horas, a operação foi bem-sucedida. “O procedimento foi um sucesso, como esperado, com um resultado clínico radiológico excelente. Mais um grande momento do ressurgimento do Hospital de Cirurgia, mostrando que o nosso hospital, munido de todas as tecnologias necessárias, é completamente capaz de fazer uma cirurgia desse porte”, ressalta Dr. Ricardo Motta. A paciente passou cinco dias internada, sendo que 24h em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tendo alta no dia 3 de junho.
*Autoestima renovada*
Em seu retorno pós-operatório, na última segunda-feira, 14, a paciente, juntamente com sua mãe Valdelice Barreto, não esconderam a felicidade do resultado positivo da cirurgia, que promove a qualidade de vida para o paciente e melhora a autoestima.
“Já senti muitas mudanças. Agora eu consigo dormir normal, por exemplo. Pois, antes, qualquer lado que eu dormisse, doía”, informou a paciente. A mãe dela complementou: “Sem contar que a deformidade baixava muito a autoestima dela. Mas hoje está bem feliz, se sentindo outra pessoa. Ela fez o procedimento num sábado e no domingo de manhã já se levantou e caminhou. Dr. Ricardo é um excelente médico, assim como toda equipe dele. Foram anjos enviados por Deus”.