O elevado índice de atendimentos ocasionados por vítimas de acidentes no trânsito ainda é uma constante no setor de trauma da maior unidade de saúde do Estado, o Hospital de Urgências Governador João Alves Filho. Nos últimos três meses deste ano (agosto a outubro 2020), foram registrados pelo Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar (HOSPUB), 849 vítimas envolvidas com acidentes no trânsito. Distribuídos entre 86 vítimas de atropelamento, 142 vítimas de acidente automobilístico e 621 vítimas de acidente motociclístico.
A Área Verde Trauma continua recebendo pacientes vítimas desses acidentes e na sua maioria que são vítimas da imprudência e estão ligados a fatores como excesso de velocidade, falta do uso de equipamentos de segurança como capacete e cinto de segurança, além da ingestão de álcool. De acordo com o enfermeiro e gerente do setor, Andson Silva, o custo de um paciente politraumatizado é grande e as sequelas muitas vezes irreversíveis.
“O respeito as normas de trânsito e a vida devem ser preservados quando se fala em acidentes no trânsito. A permanência de um paciente vítima desses acidentes, dependendo da gravidade do trauma, representa um custo alto em assistência hospitalar, internação em leito de UTI, insumos, equipamentos, exames, entre outros fatores. Sem contar com as sequelas que muitas vezes são definitivas, além das deformidades ósseas”, explicou o enfermeiro e gerente da Área Verde Trauma.
O motoboy Jamisson Cruz, 30, sabe muito bem o que o acidente motociclístico está causando em sua vida profissional e faz um alerta para outras pessoas que segundo ele, não sabem se comportar corretamente nesse meio de transporte. “Dependo dessa renda para ajudar nas contas de casa e ainda vou demorar um pouco para me recuperar e voltar às minhas atividades. Sofri duas fraturas na perna e agora só peço a Deus que minha recuperação seja breve. As pessoas precisam entender moto é perigosa e tem que saber pilotar, com cuidado, atenção e respeito ao trânsito”, alertou.
Fonte: SES