Acabar o preconceito por meio da informação. É com esse pensamento que segunda-feira, 16, é celebrado o Dia Nacional dos Ostomizados. A data serve de alerta a população para respeitar, conhecer e combater o preconceito contra a comunidade de ostomizados. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), de janeiro a setembro deste ano, foram avaliados 391 pacientes, entre colostomias, gastrostomias, jejunostomia, ileostomias, cistostomias e traqueostomias.
A enfermeira da Comissão de Pele do hospital, Mônica Rabelo, destaca a importância das parcerias no Huse e do tratamento oferecido aos pacientes. “Conseguimos reduzir à incidência de lesões de pele e complicações dos pacientes com uso de dispositivos ( kit’s) e coberturas para prevenção. Temos parcerias das empresas Convatec, Coloplast e Cenut que realizam de forma gratuita visitas aos pacientes colostomizados e fazem acompanhamento na alta”, enfatizou.
A ostomia é a abertura de um órgão oco com o meio externo. Um paciente ostomizado muitas vezes sofre com o preconceito, por depois da cirurgia ele ter algumas limitações e precisar de cuidados especiais, mas, nada impede que ele mantenha uma vida normal de afazeres. A nova condição de vida de um paciente ostomizado é um desafio para ele que precisa primeiramente se aceitar e entender os desafios.
“Conscientizar as pessoas que convivem com ostomizados para deixar o preconceito de lado e ajudar as pessoas que passam por esses desafios é fundamental e serve de apoio para o paciente”, explicou a enfermeira Mônica Rabelo.
A lavradora Josicleide Pires, 62, depois de diagnosticada com um câncer colorretal, precisou fazer uso de uma colostomia. “Foi desesperador no início, mas, depois a pessoa acaba se acostumando. Muita gente olha diferente, acho que pensa que é contagioso, mas, o importante é que estou fazendo meu tratamento certinho e estou bem e o conselho que eu dou é para que apoiem com carinho um paciente ostomizado”, disse a lavradora.