Deste total, 230 serão diagnosticados em homens residentes em Aracaju. Esse tipo de neoplasia é a segunda que mais mata homens no Brasil. Urologista Rodrigo Tonin alerta para a necessidade de detecção da doença em fase inicial.
Sabe aquele ditado: é melhor prevenir, do que remediar? Ele se aplica perfeitamente para os homens, quando o assunto é prevenção ao câncer de próstata, o segundo tipo de câncer que mais mata homens no Brasil, estando atrás, somente, do câncer de pulmão. Dados do Ministério da Saúde mostram que em Sergipe, no ano de 2021, a cada 100 mil homens, 15,60 morreram em decorrência da doença.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2023, cerca de 71 mil brasileiros serão diagnosticados com a doença, deste total, 870 estarão em Sergipe, e 230 deles, em Aracaju. O diagnóstico “cedo” da patologia permite uma boa taxa de cura da doença, como explica o médico urologista Rodrigo Tonin. “Por isso existe o novembro azul, para chamar a atenção dos homens para esse problema, porque, no geral, somos mais difíceis de irmos a consultas médicas”, comenta.
Esse tipo de câncer é mais comum em homens com idade acima de 50 anos, portanto, esta é a idade para que as idas ao urologista se tornem constantes (uma vez ao ano). Porém, para aqueles que possuem histórico da doença na família, ou integram os grupos com maior propensão à doença, como os negros, o rastreio da doença deve começar mais cedo, entre os 40 e 45 anos de idade.
Estudos mostram que afrodescendentes do sexo masculino têm diferenças moleculares em várias etnias, e o organismo mais sensível à ação da testosterona, favorecendo o surgimento da doença.
“Nestes casos, o ideal é que as consultas com urologista sejam iniciadas aos 45 anos. É importante salientar que o câncer de próstata é silencioso, e na maioria das vezes não apresenta sintomas na fase inicial. Quando o indivíduo começa a apresentar fadiga, sangue na urina, aumento na quantidade de micção ao longo do dia, queimação na uretra, dores nos testículos, na região pélvica e nas costas, é preciso ligar o sinal de alerta e procurar, urgentemente, o urologista”, orienta Dr. Rodrigo Tonin.
Por isso, enfatiza o médico, a necessidade de fazer o rastreio da doença através dos exames PSA (pelo sangue) e de toque retal, dentro do tempo correto, pois quanto mais cedo o câncer de próstata for diagnosticado, maiores as chances de cura.
Hábitos saudáveis ajudam
Rodrigo Tonin chama a atenção para a necessidade de uma vida mais saudável por parte dos homens, evitando o sedentarismo, o consumo de álcool e cigarro, e aderindo a uma rotina que possua atividade física regular, alimentação balanceada e a mais natural possível, sem a presença de industrializados e ultraprocessados.
“Álcool e outras drogas, lícitas ou ilícitas; e má alimentação são fatores de risco para o surgimento ou agravamento do câncer de próstata. Costumo sempre alertar meus pacientes de que o combate e prevenção ao câncer de próstata, e a outros tipos dessa neoplasia, vai para muito além do consultório médico. Esse trabalho começa em casa, no seio familiar, com hábitos mais saudáveis”, destaca o médico urologista.
Sobre Dr. Rodrigo Tonin
Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Americana de Urologia, é especialista em Vasectomia, Cálculo Renal, Doenças da Próstata e Implantes Hormonais. É um dos fundadores do Centro Especializado em Urologia (CEU), e um dos poucos médicos urologistas em Sergipe habilitados a usar o Thulium Laser, equipamento de última geração para tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna, recém-trazido para o estado pela Rede Primavera Saúde.
Foto assessoria
Por Andréa Moura