O parto é um evento singular, sendo assim, o respeito e a valorização das vivências de cada mulher-mãe são fundamentais para a humanização do processo parir/nascer, período que compreende o pré-parto, parto e nascimento.
Desde novembro de 2014, a Maternidade do Hospital Regional de Propriá está habilitada pelo Ministério da Saúde, na Rede Cegonha, e atende os critérios impostos dispondo de 16 leitos de alojamento conjunto, 04 leitos de pré-parto. A unidade conta com uma equipe médica de 06 obstetras, 05 neonatologistas e 07 anestesistas, 04 enfermeiros-obstetras contratados via PSS, 18 enfermeiros assistenciais que possuem especialização em obstetrícia e/ou neonatologia, atende 16 municípios da região do Baixo São Francisco, realizando uma média de 100 partos ao mês.
De acordo com a superintendente, Karyne Lemos, o hospital adotou medidas e procedimentos benéficos na atenção ao parto, evitando práticas intervencionistas e desnecessárias, que não beneficiam nem a mulher nem o recém-nascido. “A equipe de enfermagem aprimora o vínculo e concede apoio, confiança e tranquilidade à gestante, com uma atenção acolhedora fortalecendo a sua autonomia na tomada de decisão sobre a forma do parto”, destacou.
O acolhimento acontece desde a classificação de risco, explicando todos os procedimentos que serão realizados e as suas finalidades, enfatizando a importância de uma participação mais ativa da família no processo parir/nascer, trazendo a presença do acompanhante, seja do sexo feminino ou masculino, que acompanha o trabalho de parto, parto e pós-parto. A equipe também utiliza diversos procedimentos tais como: massagens relaxantes, banhos mornos, exercícios com bola suíça, incentivo à manutenção de posições verticalizadas, ou seja, a deambulação e permanência na posição de cócoras por períodos suportáveis pelas mulheres-parturientes.
Karyne diz que essas ações visam minimizar a ansiedade e a dor no trabalho de parto. “O parto normal é incentivado dentro da maternidade, onde se proporciona um ambiente acolhedor, com a participação do acompanhante, realizando uma série de boas práticas como: verticalização nas posições de parir com o uso de banquetas de parto, posição de quatro apoios e posteriormente o aleitamento materno na primeira hora de vida do recém-nascido”, finaliza.