Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim. Há quase dois anos em pleno funcionamento, o Centro de Nefrologia Dr. Lucilo da Costa Pinto, localizado no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), tratou nos dois primeiros meses deste ano (janeiro e fevereiro), cerca de 240 pacientes (111 em janeiro e 122 em fevereiro) com problemas renais. Foram realizadas no mesmo período, 1.320 sessões de diálise, sendo 647 sessões em janeiro e 673 sessões em fevereiro.
Antes, era visível a fila de pacientes nas enfermarias e no Pronto Socorro que faziam seu tratamento enquanto aguardavam vagas nas clínicas privadas e conveniadas com o município de Aracaju. Depois da criação do Centro de Nefrologia, os pacientes e seus acompanhantes passaram a contar com uma assistência mais acolhedora e resolutiva. Como explica a estudante Cristina de Souza, 26, que está acompanhando o tratamento renal da mãe. “Aqui a gente é bem cuidado e minha mãe tem o tratamento certinho e sem interrupção. A vida de quem depende da máquina de hemodiálise não é fácil”, comentou a jovem.
Além do atendimento nas salas do Centro de Nefrologia, o serviço se estende também para os setores fechados como as UTI’s I e II, além da Área Vermelha do hospital onde a demanda permanece a mesma para aqueles que têm insuficiência renal aguda. De acordo com a enfermeira do Centro de Nefrologia do Huse, Kelli Lencine, elogia a qualidade do serviço, que é público e tem seu número de pacientes aumentado a cada dia.
“A questão da saúde dos rins nesses últimos anos vem se tornando mais uma questão de saúde pública, então, é muito relevante a presença de um serviço como esse público para atender esses pacientes, ainda mais considerando que o Huse é uma porta aberta e de uma demanda significativa de pacientes, tanto que a gente sabe que vem pessoas de outras cidades que acabam vindo para cá por ser mais próximo do que nos Estados de origem, então, nada mais justo que tenha um serviço público de qualidade para atender toda essa demanda que cada vez cresce mais”, explicou a enfermeira.