Reverter os sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC) hiperagudo e prevenir a ocorrência de sequelas. Isso é possível com a administração do medicamento Alteplase, que age para desfazer o trombo. Entretanto, o fármaco só funciona se for aplicado até quatro horas e meia após o AVC, como destacou a neurologista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Larissy Lima Santos, salientando que, para superar esse ponto delicado do tratamento, um treinamento será realizado com equipes multiprofissional e administrativos do hospital.
O objetivo do treinamento, que acontece de 31 de agosto a dois de setembro, é o de capacitar os profissionais e trabalhadores administrativos que atuam na área assistencial a reconhecerem um paciente com AVC, fazendo cada um o seu papel na situação de emergência neurológica. A capacitação, promovida pelo fabricante do medicamento, é voltada para profissionais como clínicos, neurologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, técnico de radiologia, assistentes sociais, recepcionistas e maqueiros.
A capacitação é um dos pilares do Projeto Angel, implantado em vários países do mundo e em Sergipe, no Hospital de Urgência de Sergipe, sob a coordenação da neurologista Larissy Lima Santos. Segundo ela, há no mundo uma dificuldade de oferecer o tratamento com Alteplase justamente porque sua eficiência depende de uma janela de tempo de quatro horas e meia. “Por isso a importância do treinamento, porque se o paciente recebe o medicamento no tempo oportuno há maiores chances de ele melhorar”, reforçou.
No treinamento, todos serão orientados sobre como reconhecer os sintomas de um paciente com AVC e sobre o melhorar o fluxo de atendimento. “Nós, neurologista, sabemos quanto o tempo é importante, por isso é nossa intensão dar celeridade e acerto no encaminhamento do paciente”, salientou a neurologista.
A ideia é que a recepcionista aprenda a identificar um caso suspeito de AVC, a partir das informações do paciente e já sinalize uma prioridade de atendimento para a enfermeira, que por sua vez deve, além de aferir os sinais vitais, também indicá-lo como prioridade para o clínico, a quem caberá solicitar a avaliação de um neurologista.