O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, acontece devido a falta do fluxo sanguíneo, como explica a neurologista do Huse, Larissy Lima. No ano de 2022 o Hospital de Urgência de Sergipe registrou 1.434 casos de AVC, sendo 992 isquêmicos. Já neste ano, a média de casos já está em 350 por mês.
Fátima Salut, de Canindé de São Francisco, está acompanhando a mãe, vítima de um AVC isquêmico, e contou como sua genitora se sentiu momentos antes do derrame. Segundo ela, as dores de cabeça eram frequentes e logo notou outros sinais.
“Ela começou a ter fortes dores de cabeça que eram fora do normal. De repente a boca começou a entortar e viemos correndo para o hospital. Desde que chegou aqui, ela tem recebido o tratamento adequado”, contou.
A médica neurologista, Larissy Lima, explica que os sintomas do AVC ocorrem pela perda súbita de alguma função neurológica, o que pode ocasionar algumas alterações físicas, como fraqueza de uma metade do corpo, paralisia de um lado do rosto, fala enrolada, dificuldade de comunicação e até mesmo mal súbito.
Larissy também destaca que existem dois tipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico. Segundo a médica, o exame de tomografia é o ideal para chegar ao diagnóstico.
“O isquêmico é o mais comum, e ocorre devido o entupimento das artérias. Já o hemorrágico, acontece pelo rompimento da artéria, provocando sangramento. Para descobrir o diagnóstico é necessário fazer o exame de tomografia de crânio.”, explicou.
Os tratamentos para esses dois tipos de AVC, quais sejam isquêmico e hemorrágico, são diferentes. De acordo com a neurologista no o AVC isquêmico é possível que haja tratamento com algum medicamento trombolítico logo no início dos sintomas.
“Nas primeiras 4, 5h após o início dos sintomas do AVC isquêmico, é possível tratar com um medicamento venoso trombolítico, que está disponível no HUSE. Em alguns casos, é possível tratar com um procedimento chamado trombectomia mecânica”, disse.
Já no caso de AVC hemorrágico que tem alto índice de mortalidade, a médica aponta sobre a possibilidade de intervenção cirúrgica em alguns casos. “O tratamento é o controle da pressão arterial, e em alguns casos pode necessitar de drenagem cirúrgica da hematoma.”, afirmou.
Larissy faz uma alerta sobre a importância da mudança de hábito. Segundo ela, uma vida saudável, por exemplo, diminui as chances de um AVC. “É necessário cuidar do corpo como um todo, ou seja, se alimentar bem, controlar problemas, como hipertensão, diabetes e colesterol. Também é bom evitar fumar e beber. Outro fator para se observar é o ronco durante o sono, pois, alguns distúrbios podem causar arritmia que em alguns casos podem causar um AVC.”, ponderou.