O envelhecimento populacional é uma realidade e, desde o início da pandemia do novo coronavírus, gerou-se uma constante preocupação com diversos grupos de riscos, entre eles, os idosos. A atenção com a imunidade era um fator constante redobrando os cuidados com esse público.
“A pandemia por Covid-19 ressaltou a vulnerabilidade dos idosos em relação às doenças infecciosas, possibilidade de evolução para quadros graves e diminuição à resposta vacinal”, comenta a docente da Universidade Tiradentes, Maria Fernanda Malaman.
Para a especialista, o processo de envelhecimento é um processo natural com uma diminuição progressiva da reserva funcional do organismo. “Em condições normais, provoca apenas limitações, mas não podemos esquecer que o envelhecimento é um processo que envolve complexas mudanças que afetam a integridade de diversos tecidos”, destaca.
“O sistema imune não é uma exceção e as alterações imunológicas observadas no envelhecimento são chamadas de imunossenescência”, acrescenta a docente da Unit.
De acordo com a professora Maria Fernanda Malaman, o envelhecimento imunológico está associado ao progressivo declínio de seu funcionamento. “As principais funções do sistema imunológico são combater os agentes infecciosos e eliminar células malignas. Com isso, há um aumento da suscetibilidade a infecções, doenças autoimunes e câncer, além de redução da resposta vacinal”, salienta.
Com a declínio do sistema imune durante o processo de envelhecimento, a professora alerta para o efeito das vacinas nos idosos.
“As vacinas estimulam o sistema imunológico e protegem contra doenças. Todos devem estar com seu calendário vacinal completo e atualizado, não apenas para evitar a disseminação e os casos graves do novo coronavírus”, salienta.
“Com o passar dos anos, não só a memória celular sobre como responder às infecções e às vacinas tende a se perder, como infecções inativas podem se reativar. Essas alterações, associadas a comorbidades, comuns em idosos, aumentam o risco de complicações. Além disso, quem está com as vacinas incompletas põe em risco não apenas a si próprio, como pode se tornar um disseminador de doenças, em especial para os grupos mais susceptíveis”, finaliza Maria Fernanda.
Fonte: Assessoria de Imprensa | Unit