No dia 26 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Surdo, data que serve de atenção quanto à inclusão desse público na sociedade, além dos cuidados que as pessoas devem ter para evitar a perda auditiva. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), de janeiro a agosto deste ano, foram registrados 2.106 atendimentos no consultório do otorrinolaringologista, desse total, 1.606 estavam relacionados ao aparelho auditivo (ouvido). Por isso, o especialista Antônio Roberto Setton, alerta quanto alguns cuidados que devem ser adotados para prevenir a surdez.
“A poluição sonora é uma das principais causas de perda auditiva em jovens por causa do uso de fone de ouvido com o volume muito alto, o ideal é que o som não ultrapasse 50% do limite do aparelho. Doenças infectocontagiosas como a otite pode evoluir para a surdez se não tratada adequadamente, estímulos sonoros de alta intensidade podem matar as células da nossa audição, por isso, utilizar equipamentos de segurança quando estiver exposto a ruídos diários que ultrapassem o limite de segurança é fundamental. Uma vez constatada a perda auditiva o ideal é buscar ajuda de um profissional especialista”, enfatizou o otorrino.
É importante a pessoa ter cuidado também com a limpeza do ouvido e nunca colocar qualquer objeto, dentro do canal auditivo, pois, essa ação pode empurrar a cera para dentro do ouvido e entupir o canal e danificar o tímpano. É comum perceber que muitas pessoas têm a capacidade auditiva diminuída, os sintomas mais comuns e que requerem maior atenção são dificuldades de entendimento da fala, necessidade de aumentar o volume de som de equipamento eletrônico, desatenção e até mesmo queda no rendimento escolar.
Qualquer sensação de perda auditiva súbita em crianças ou adultos, o ideal é investigar o mais breve possível. Retardar o diagnóstico e o início do tratamento pode reduzir as chances de cura, por isso, reforçar a importância do teste da orelhinha nos bebês, ou otoemissão acústica, que tem o objetivo de detectar precocemente a perda auditiva. “O exame deve ser feito nos primeiros dias de vida porque quando se identifica a deficiência com brevidade, os resultados da reabilitação auditiva são fantásticos” destacou Roberto Setton, salientando a importância dos pais estarem atentos às infecções do ouvido médio, mais conhecidas como otites.
“A otite é uma infecção que compromete a membrana timpânica e a região localizada por trás dessa membrana, que é a orelha média. Até os cinco anos de idade esse tipo de doença é muito incidente nas crianças, por isso que é importante que seja diagnosticada e tratada adequadamente”, finalizou o otorrino.