Com a chegada do outono, estação do ano onde ocorrem variações nas temperaturas climáticas, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) alerta para o período conhecido como “outono viral”, que favorece o aumento na incidência de doenças respiratórias, como rinite, sinusite, gripes e resfriados, além de infecções respiratórias, principalmente em crianças e idosos. Somente na última semana, a rede municipal de Saúde registrou 1.653 atendimentos de casos de síndromes gripais, por exemplo.
A médica infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, reforça que o outono é uma estação com registro de maior incidência de chuvas na capital sergipana, seguindo até o mês de julho, com oscilação nas temperaturas.
“Como consequência, diante da mudança climática, o mês também marca o período de sazonalidade das doenças respiratórias agudas, com aumento do número de casos de síndromes gripais. Para evitar a proliferação de vírus durante essa temporada de grande incidência de infecções respiratórias, orientamos a população acerca das precauções necessárias que devem ser adotadas em caso de contaminação”, explica a especialista.
Sintomas de síndromes gripais
É nesse período que há maior prevalência de vírus respiratórios, como influenza, adenovírus e, até mesmo, coronavírus, portanto, a primeira orientação é procurar atendimento médico, em caso de sintomas de síndromes gripais.
“No atendimento médico, o usuário vai ser triado para ver se tem algum sinal, ou indicativo de gravidade. No tratamento ambulatorial para os grupos de riscos não só para influenza, mas também para covid, é utilizado medicamento nos primeiros cinco dias com diagnóstico de covid. Se esse paciente tem algum fator de risco para agravamento, ele vai ser orientado, inclusive, não só a fazer o tratamento ambulatorial, a depender do caso, também fazer o tratamento internado, por exemplo, se for influenza, ele vai passar pelo tratamento com o antiviral que utilizamos nos primeiros cinco dias de doença”, orienta a médica.
Além do atendimento médico, caso os sintomas como coriza, tosse, febre, dor de cabeça ou congestão nasal apareçam, a orientação é que o uso da máscara seja adotado e que a pessoa com sintomas busque realizar testagem para identificação da covid-19.
Fluxo de atendimento e outros cuidados
O Centro de Atendimento e Triagem da Síndrome Gripal de Aracaju, localizado na rua José de Carvalho Cunha, 219, bairro Coroa do Meio, funciona com atendimentos de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Além do Centro, também continua sendo ofertado serviços para síndromes gripais nas Unidades de Saúde da Família (USF). Já os pacientes com casos mais graves são assistidos no Hospital Fernando Franco e Nestor Piva.
Ainda de acordo com a especialista, os hábitos de etiqueta respiratória utilizados durante o auge da pandemia de covid-19, também valem para prevenir as doenças que mais incidem nesta sazonalidade, a exemplo da proteção, com o braço, quando for tossir ou espirrar, e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool.
“Entre todos os hábitos reforçados, a lavagem de mãos e o uso de máscara continuam sendo as mais importantes. Enquanto sociedade, a gente não tinha isso como algo firme, e com a pandemia foi muito reforçada. As pessoas foram motivadas nas mudanças pelo medo, e hoje mudam pelo conhecimento. Esse é o desafio, continuar estimulando e estabelecendo medidas que fortaleçam essas práticas de higiene, que é um papel fundamental para que as pessoas continuem combatendo os vírus”, reforça Fabrízia.
Vacinação e dados da influenza e covid-19
Aracaju vem apresentando um aumento nos atendimentos de casos de síndromes gripais, portanto, é preciso destacar a importância da vacinação contra influenza e covid-19.
“A SMS antecipou a 26ª campanha nacional de vacinação contra a influenza, que iniciou no último dia 11 deste mês, tendo como público alvo, os grupos prioritários neste primeiro momento. Até então, somente 6,33% desse público se vacinou contra a doença. É muito importante que a população se vacine, a vacinação objetiva minimizar a carga viral e prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de diminuir a sobrecarga sobre os serviços de saúde”, destaca Fabrízia.
Já em relação à covid-19, até o momento, 608.996 pessoas receberam a primeira dose da vacina e outras 564.314, a segunda dose. O alerta sobre a necessidade de completar o esquema vacinal permanece válido, para fortalecer o sistema imunológico e, assim, evitar a contaminação de vírus.
Foto:Marcelle Cristinne