A última quinta-feira, 30 de abril, marcou a conclusão da montagem do Centro de Atendimento Provisório para os casos de covid-19, o hospital de campanha que a Prefeitura de Aracaju está erguendo no estádio João Hora para ampliar o número de leitos disponibilizados para tratamento da doença na capital. Com a finalização, a obra entra numa nova fase, que consiste nas instalações elétricas, hidrossanitárias e de gases medicinais.

A engenheira Carla Fonseca, coordenadora de Infraestrutura da Secretaria Municipal da Saúde, explica que a montagem de toda a parte física, visível, da obra, como o piso, os pilares, a cobertura em alumínio, a cobertura em lona, tanto lateral quanto superior, foi finalizada. “Assim como a instalação dos contêineres, a divisão dos boxes, que são os leitos, e a estrutura para a área administrativa, de informática, almoxarifado, refeitório, copa e repouso”, revela.

Agora, segundo ela, será iniciada a instalação da rede elétrica, com a colocação de tomadas, de toda a iluminação e do quadro de energia para o fornecimento. “A nova fase também compreende a instalação da rede de gases medicinais, o comprimido, vácuo e oxigênio. A data prevista para a entrega dos serviços da infraestrutura é 14 de maio”, ressalta Carla.

Até lá, a Defesa Civil Municipal, coordenada pelo major Silvio Prado, segue realizando vistorias, como as que o órgão realiza desde o início da obra e que resultaram, inclusive, em alterações que visaram garantir mais segurança às estruturas.

“A gente vem fazendo, quase que diariamente, vistorias no hospital de campanha, que já está bastante adiantando. Algumas pendências foram solicitadas, como a instalação de mais de 300 parafusos nas estruturas metálicas de sustentação da cobertura”, afirma o coordenador. 

Além disso, o órgão também solicitou o estaiamento alternado entre um pilar e outro, para melhor fixação da estrutura no chão, e o grampeamento dos pilares no solo. “Assim como a retirada e substituição dos tubos que mantêm a lona esticada para que os tubos empinados fossem trocados”, destaca major Silvio. 

A previsão é de que o hospital esteja apto a funcionar a partir do dia 15 de maio, quando toda essa parte estrutural dos 152 leitos será disponibilizada. De acordo com a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, a partir dessa semana, a obra também começa a receber os equipamentos que já foram comprados e ocorrerá, também, a contratação dos profissionais.

Waneska explica que os 152 leitos são de baixa e média complexidade e divididos em setores: em um setor, serão 52 leitos para pacientes suspeitos, os que ainda não tiveram o resultado do exame realizado. No outro setor, 100 leitos para pacientes confirmados, aqueles que testaram positivo para a doença.

“Além disso, 26 leitos serão reservados para casos em que o paciente tenha a situação agravada, pois são leitos que contam com a presença de respiradores, onde será realizado o primeiro atendimento e a estabilização do quadro, enquanto fazemos a solicitação de transferência para uma UTI”, esclarece Waneska. 

 

Isso porque, na pactuação feita com o Governo do Estado, os leitos de Tratamento Intensivo ficaram a cargo da administração estadual. “Serão mais de 300 funcionários, entre eles, mais de 30 médicos, com 9 mil horas de trabalho em seis blocos de atendimento. É um quantitativo grande e importante de profissionais de saúde”, destaca a secretária.  

Estrutura

A equipe será composta de médicos que serão contratados e os que são servidores remanejados do Centro de Especialidades Médicas (Cemar). A estrutura de profissionais que atuarão nessa unidade hospitalar será composta de 65 enfermeiros, 170 técnicos de enfermagem, nove farmacêuticos, 13 fisioterapeutas, 32 profissionais de apoio de rede, e seis auxiliares administrativos. 

Chamada tecnicamente de Centro de Atendimento Provisório, a unidade vai contar com contêineres, nos quais serão instaladas três salas para DML; duas salas de utilidade; um necrotério, duas salas para paramentação; dois vestiários; quatro banheiros para funcionários; seis salas para descarte de paramentação; 12 banheiros para pacientes e uma sala para abrigo de resíduos comuns e infectantes.

Toda a estrutura interna do hospital será climatizada e, além dos leitos, contará com seis postos de enfermagem; seis salas para prescrição médica; seis salas de enfermagem; seis salas para armazenamento de roupas limpas e seis para sujas; seis salas de equipamentos; seis farmácias-satélite; uma sala de administração; uma sala de reunião; um laboratório, uma copa e um refeitório; três salas de descanso; uma sala de informática e dois almoxarifados, sendo um para farmácia e um para equipamentos.

PMA