Neste dia 21 de março é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data, de conscientização global, comemora a vida das pessoas com a síndrome e traz aspectos relacionados à inclusão e a busca pelas mesmas oportunidades educacionais, sociais e profissionais para todos.

Entre uma sessão terapêutica e outra, o pequeno Luiz Miguel Bispo, de 4 anos, corre todo sorridente pelos corredores do Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino (CER IV), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde. Mesmo após ter enfrentado alguns obstáculos como duas intervenções cirúrgicas, Miguel não fica parado e é alegria em todos os setores. 

Luciana Bispo, mãe de Miguel, conta como o nascimento da criança mudou a sua vida. “Descobri que Miguel tinha Síndrome de Down logo após o parto. Tempo depois, entrei em depressão e fiquei me questionando o tempo todo. Mas, foi aí que tive muitas respostas e vi que ele só me trouxe coisas boas. Miguel é luz em minha vida, é muito guerreiro”, afirmou.

Segundo as Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down, a Síndrome de Down (SD) ou trissomia do 21 é uma condição humana geneticamente determinada, sendo a alteração cromossômica (cromossomopatia) mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população.

No CER IV, Miguel é acompanhado por profissionais especializados da Reabilitação Intelectual que conta com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Há quase um ano, o processo de reabilitação vem trazendo grandes avanços. 

“O Centro traz um apoio maravilhoso e Miguel está se desenvolvendo muito bem. Antes de iniciar, ele não aceitava nem ir à escola. Hoje em dia, vai para a creche, se socializa com outras crianças, faz amizades, brinca, entre outras evoluções. Foi um grande ganho todo esse tratamento”, destacou Luciana. Assim como Miguel, outras crianças com Síndrome de Down também são atendidas pelo CER IV, ganhando novas perspectivas por meio do processo de reabilitação. 

Gestora da modalidade Intelectual/TEA do Centro, a fonoaudióloga Francielle Dias, destaca a importância do acompanhamento para pessoas com Síndrome de Down. “As pessoas possuem características singulares e trazem também outras questões como atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, hipotonia muscular generalizada, atraso intelectual e outros fatores. Com isso, a reabilitação e a estimulação precoce são imprescindíveis para o desenvolvimento e autonomia dessas pessoas”, salientou.

“Quando esses pacientes são expostos aos estímulos, eles se desenvolvem melhor e não terão tantos atrasos quando comparados aos pares, ou seja, crianças da mesma faixa etária. Com todo o acompanhamento, chegará um momento em que ele terá conquistado independência, principalmente para realizar as atividades da vida diária. Nesse aspecto, o CER IV contribui na melhoria da qualidade de vida, auxiliando nessa autonomia e no futuro para que sejam jovens e adultos que vão poder estudar, trabalhar e ser independentes”, finalizou Francielle.