Por terem audição mais sensível, fogos podem impactar em trauma e até em óbito
No período junino, é tradição na região Nordeste que as pessoas comemorem se reunindo em torno de uma fogueira e soltando fogos de artifício. A luz e o barulho podem ser uma atração para os seres humanos, mas podem assustar, e muito, cachorros, gatos e outros animais como vacas, cabras e cavalos. Por isso, é muito importante saber o que fazer para tranquilizar os animais e evitar acidentes.
Para se ter ideia de como os barulhos afetam os animais, de acordo com o médico veterinário Gutemberg Torres, os cães, por exemplo, têm a capacidade auditiva maior que a dos humanos. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), som acima de 60 decibéis, que equivale a uma conversa em tom alto, pode causar estresse físico e psicológico em cachorros. “Desse modo, é importante deixar os animais em ambientes que possam abafar os sons dos fogos em épocas de comemorações juninas”, orientou o professo do Centro Universitário Ages, responsável pela Clinica Veterinária da instituição.
Além disso, reforça Torres, na iminência da soltura de fogos de artifício, deve-se deixar o animal com a guia e/ou sobre o braço do tutor, caso esteja no mesmo ambiente, para evitar fugas e possíveis acidentes. “Caso ele fique solto em casa, não se esqueça de fechar portas e janelas para evitar possíveis fugas. Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão firmes”, orienta.
Assustados, os animais apresentam algumas características como postura abaixada, rabo encolhido, tremores e buscam, principalmente, esconder-se em locais mais escuros e calmos. “Há um risco muito grande quando os fogos são soltos, pois temos animais com problemas no coração, com outras comorbidades, e quando há um estímulo pode, inclusive, causar um óbito”, alerta o médico veterinário.
O professor da Ages ressalta, ainda, que, caso o animal seja levado ao festejo junino, é importante alimentá-lo antes e evitar que o mesmo coma qualquer alimento que não seja uma ração direcionada a espécie. “Esteja atento, também, para que os cães e gatos não peguem alguma comida que eventualmente caia no chão e que possa não fazer bem ao seu organismo. Fiquem sempre de olho nas pessoas que se aproximam do seu pet, principalmente crianças, pois pode ser que elas ofereçam comidas e que, obviamente, vai aceitar”, finaliza Gutemberg Torres.
Fonte: Ages
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