Especialistas afirmam que a queda de cabelos não é, em si, uma doença, mas sim, um sintoma que exige investigação. Químico com graduação em Cosmetologia e pós-graduação em Ciência da Anatomia Capilar pela Universidade de Nova Iorque, Carlos Rego explica que o eflúvio telógeno, popularmente conhecido como queda de cabelo, pode ter diversas causas, entre elas a predisposição genética, estresse, dietas restritivas, doenças ou uma situação que provoca no organismo uma alteração metabólica.
“Uma das causas mais comuns é na fase de um pós-cirúrgico. A pessoa faz uma cirurgia e no retorno, quando passa o efeito da anestesia, a glândula sebácea fica em hiperatividade e que vai ocasionar queda acentuada”, pontua Rêgo.
Também relativamente comum é a queda dos fios após procedimentos químicos, a exemplo de descoloração, coloração e alisamentos/selagem sem os devidos cuidados.
“Qualquer procedimento altera o PH fisiológico do couro cabeludo ou do cabelo. Esse desequilíbrio, também acarreta queda dos fios”, explica.
Para ter de volta a saúde e a beleza dos fios é preciso recuperar densidade e massa capilar e fortalecer a fibra danificada.
“Antes de qualquer intervenção é necessário fazer uma anamnese. Uma boa avaliação das condições vai ajudar no diagnóstico e no tratamento. O exame é feito com a utilização de um tricoscópio, equipamento com o qual é possível medir a densidade da haste capilar, o estado do poro, o brilho e os danos das cutículas. A partir dessa análise podemos definir com precisão o melhor procedimento”, orienta.
E se os seus fios estão rareando e a escova tem recebido “tufos” de cabelo, não pense que a antiga história dos 100 fios por dia para renovação da cabeleira é a resposta.
“Não acredite naquela história de que até 100 fios diários caindo é natural. Não existe um número aceitável de fios caindo para ser considerado normal. O que existe é um cálculo feito entre anagênese, catagênese e telogênese, e que dá uma proporção de queda e de anomalia de telogênese (fase de queda), a catagenese (que é a fase de repouso total) e dura, aproximadamente, três meses, e os fios caem em seguida. Mas antes dessa queda um novo fio de cabelo na fase anágena, usualmente, começa a crescer. O fato é: para além de uma questão meramente estética, em casos esporádicos ou contínuos, a queda de cabelo não deve ser menosprezada,” conclui.
Fonte: BOXX