O boletim epidemiológico elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), que tem como objetivo divulgar o cenário epidemiológico das arboviroses causadas pelo Aedes aegypti, mostra que, de 29 de dezembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020, foram notificados 214 casos suspeitos de dengue, com 43 confirmados, 95 descartados e 76 em investigação. No mesmo período, surgiram 31 casos suspeitos de chikungunya, com nove confirmações, 11 descartados e 11 em investigação.  Em relação à zika, quatro casos foram notificados, mas nenhum confirmado.

De acordo com os resultados apresentados no boletim, em 2020 a dengue apresentou um aumento de 128% nos casos notificados, em relação à mesma época em 2019. Os dados referentes à chikungunya também refletem aumento quando comparados ao ano anterior, com uma variação de 72% nos casos notificados. Já a zika apresentou um cenário de baixa ocorrência.

A gerente do Núcleo de Endemias da SES, Sidney Sá, reforça que as arboviroses, principalmente a dengue, continuam, e o perigo de surto e epidemias ainda não passou. “Nós tivemos um ano de 2019 bem crítico, e agora um aumento em relação ao mesmo período do ano passado. A população deve permanecer atenta. Nós estamos começando o mês de março, um mês que se caracteriza por chuvas acompanhadas de calor, de sol, tudo o que requer muito cuidado e muita atenção de todos nós”, disse a gerente.

Os municípios com maior incidência de dengue são Nossa Senhora do Socorro, com 13 casos confirmados, Aracaju e Lagarto com nove, respectivamente, e Laranjeiras com quatro. Barra dos Coqueiros, Estância, Itabaiana, Japaratuba, Salgado, São Cristóvão, Simão Dias e Siriri apresentam um caso confirmado, cada. Para a chikungunya, os casos confirmados estão em Aracaju, Estância, Nossa Senhora do Socorro e Salgado.

O combate continua!

 As ações do Governo de combate às arboviroses não pararam. Uma nova Campanha Contra a dengue foi lançada em todo o estado de Sergipe e conta com banners, folders, carros de som, peças publicitárias de divulgação para imprensa, revista em quadrinhos com jogos e brincadeiras, atividades educativas que serão colocadas em prática nas escolas para que, de forma lúdica e didática, as crianças aprendam mais sobre o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, a diferença entre elas, os sintomas, cuidados e dicas de prevenção.

 “É preciso salientar que a Brigada Itinerante está trabalhando, fazendo as visitas nos municípios, com base nos índices de infestação. O uso do carro fumacê, quando há necessidade nós colocamos no território afetado e tem as ações educativas da campanha que o Estado está veiculando na mídia, com uma nova roupagem, algumas ferramentas novas e lúdicas para trabalhar com a educação em sala de aula, o que é muito bom, porque a criança hoje é formadora de opinião também”, concluiu Sidney.