Meta da campanha é imunizar 80% da população estimada de cães e gatos
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início na última segunda-feira, 2, à campanha de vacinação antirrábica, que segue até o dia 30 de setembro. A expectativa é que 320 mil animais sejam imunizados contra a doença neste ano, vacinando 80% da população estimada de cães e gatos no estado.
Em 2023, foram registrados 5.631 atendimentos antirrábicos humanos – para pessoas que foram mordidas por cães, gatos ou outros animais transmissores – em Sergipe, sendo que os cães foram identificados como os principais agressores (3.957 casos). Até o mês de agosto de 2024, houve o registro de 3.477 atendimentos desse tipo, sendo o cão o principal animal agressor, seguido de felinos, morcegos e outros mamíferos.
De acordo com a referência técnica do Programa de Controle e Prevenção da Raiva Animal da SES, Ana Paula Barros, o último caso de raiva humana em Sergipe foi registrado em 2007. “A forma mais efetiva para que continuemos a não ter raiva humana em Sergipe é imunizando os animais. Essa zoonose possui quase 100% de letalidade. É importante que todos os tutores compareçam aos locais de vacinação divulgados por cada município para imunizarem seus cães e gatos”, destacou.
Para ter acesso à dose, não é necessário apresentar documentação; basta o animal ter idade igual ou superior a três meses de vida e estar saudável.
Sobre a doença
A raiva é uma doença letal transmitida aos humanos por mamíferos infectados como cachorros, gatos e morcegos. No caso dos morcegos, a doença pode ser passada por meio de mordidas e arranhões. Caso isso aconteça, é preciso procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para aplicação do soro.
“Os sintomas nos animais são paralisia dos membros posteriores, dificuldade de deglutição, podendo vir acompanhada de agressividade. Todo animal com mudança de comportamento deve ser avaliado por um especialista”, explicou Ana Paula.
Em alguns países, a doença em humanos está erradicada e, nos animais domésticos, controlada. Contudo, a vigilância epidemiológica permanece atenta devido aos animais silvestres. No Brasil, a raiva humana ainda faz vítimas.