A partir da próxima segunda-feira, 16, um novo modelo de regulação de leitos de UTI entra em operação. É o Sistema de Gestão em Saúde Pública (Sigesp), que chega para melhorar o acesso do paciente ao leito qualificado, bem como para fortalecer a Rede Estadual de Saúde, como disse a secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, durante reunião com dirigentes dos hospitais próprios e contratualizados, realizada na manhã desta quarta, 11, no auditório da Superintendência do Ministério da Saúde em Sergipe.
Dar transparência ao processo, tornar protagonista o médico regulador e permitir o monitoramento dos leitos pelo Complexo Regulatório são algumas das mudanças vitais que irão otimizar e qualificar a assistência ao paciente grave. “Ampliamos a nossa rede de UTI, então nesse momento não tenho dúvidas de que o usuário do SUS terá melhor oferta e um acesso mais rápido do que ele tem hoje. Estamos escrevendo uma nova página do SUS Sergipe”, sinalizou Mércia Feitosa.
A coordenadora do Complexo Regulatório de Sergipe, Polyanna Cardoso, salientou que regular é o ato inteligente de organizar a oferta e a demanda, daí a importância de implantar o novo sistema, no qual a Secretaria de Estado da Saúde vinha trabalhando há alguns anos, mas que algumas dificuldades técnicas e a pandemia postergaram para o momento atual.
Polyanna Cardoso explicou que o Sistema de Gestão em Saúde Pública, da empresa Ácone, vai funcionar diferentemente do antigo, onde o médico regulador traçava o perfil de necessidade do paciente, mas cabia às unidades executantes disponibilizarem o leito. “A partir desta segunda-feira não mais será assim. O médico regulador é quem fará a reserva do leito a depender do perfil do paciente e da necessidade que ele tenha”, disse.
Um dado relevante destacado pela coordenadora na reunião é que todas as UTIs da Rede Estadual de Saúde têm pontos de hemodiálise, o que melhora e dá agilidade ao processo de regulação para os casos específicos. “Antes que implantássemos este serviço, um paciente que precisasse do serviço de hemodiálise às vezes passava dias aguardando por um leito ou ia para a judicialização. Hoje não temos mais esse problema”, falou.
A reunião desta quarta-feira envolveu os dirigentes dos hospitais regionais da rede própria e contratualizados que têm leitos de UTI SUS. Participaram os gestores dos hospitais de Estância e Itabaiana, Cirurgia, Santa Izabel, São José e Hospital Universitário de Aracaju e de Lagarto.