O auge pandêmico da Covid-19 deixou muitos rastros na população, entre eles as sequelas. Estima-se que 15% dos pacientes não recuperam totalmente o olfato pós-covid e permanecem com alguma sequela após 3 meses. O Teste do Olfato de Connecticut é validado para o Brasil e possui dois tipos de avaliação (quantitativa e qualitativa). Após a avaliação, o paciente já sai com o diagnóstico na hora: olfato normal, perda leve, perda moderada, perda severa e perda total do olfato e está sendo implantado em Sergipe pela Otocenter. O teste foi muito utilizado na pandemia de Covid-19 para diagnosticar o grau da perda e orientar o tratamento eficaz.
Outras doenças podem causar perda de olfato a exemplo das infecções como um resfriado, gripe ou sinusite, trauma craniano, alergias, pólipos nasais, envelhecimento, radioterapia, exposição a produtos químicos perigosos, abuso de cocaína e outras drogas, fumar, algumas doenças neurodegenerativas , como Parkinson ou Alzheimer e tumores cerebrais. A perda de olfato é o primeiro sintoma da doença de Alzheimer.
Em entrevista, Dra. Ana Taise, otorrinolaringologista da Otocenter Aracaju, especialista em olfatometria, falou sobre essa inovação em Sergipe. “O tratamento precoce é muito importante, aliado a uma avaliação do olfato de forma objetiva por meio do teste. Além disso, outras doenças podem causar perda de olfato e é importante o correto diagnóstico e tratamento”, explica.
O teste consiste em duas etapas, uma quantitativa e outra qualitativa. “A fase quantitativa consiste no teste de limiar olfatório, e usamos o butanol (álcool butílico) diluído em sete concentrações, em frascos numerados de 1 a 7. Um frasco com água destilada (frasco 8), inodoro, é usado como controle. Na fase qualitativa, é feito o teste de identificação de 8 substâncias: café em pó, canela em pó, talco de bebê, entre outras”, afirma.
O escore final do teste é calculado pela média aritmética dos acertos da identificação das substâncias (nota de 0 a 7) com a nota obtida da identificação do limiar do butanol para cada cavidade nasal. A média é definida para cada lado, o limiar olfatório é classificado em normosmia (escore 6 a 7), hiposmia leve (5–5,75), hiposmia moderada (4–4,75), hiposmia grave (2–3,75) e anosmia (0–1,75).
O kit para o teste já está disponível na Otocenter Aracaju, para mais informações o público deve entrar em contato através do (79) 3024-8600 e do (79) 9 9636-8919.
Após o diagnóstico é recomendado dar início ao tratamento que envolve a identificação da causa da perda e é direcionado para cada paciente. “Um tratamento que se mostrou eficaz para todos os tipos de perda é o treinamento olfatório, nele o olfato será ‘treinado’ a perceber os cheiros novamente. Vale ressaltar que o olfato é um dos nossos sentidos mais importantes, pois interfere na segurança pessoal, ao perceber um alimento estragado ou um vazamento de gás por exemplo”, finaliza.
Fonte: Rodrigo Alves, Jornalista e Assessor de Imprensa
Fotos: divulgação.