Transtorno bipolar: sintomas são apresentados já durante a infância e adolescência

Estado de humor que varia da euforia à depressão. Mudanças de comportamento que vão da agitação ao recolhimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2019, o Transtorno Bipolar atingia 140 milhões de pessoas em todo o mundo. No dia 30 de março, é celebrado o Dia Mundial do Transtorno Bipolar, buscando levar informação e, sobretudo, diminuir o estigma social.

A data foi escolhida por ser aniversário de Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado, postumamente, como provável bipolar. A doença, que é a segunda causa de incapacidade para o trabalho entre as doenças mentais, atrás apenas da depressão, faz com que o portador tenha bruscas mudanças de humor e comportamento.

“O paciente pode passar da fase maníaca à depressiva. Na fase de maior euforia, que também é chamada de hipomania ou mania, dependendo da intensidade, ele fica agitado, compra compulsivamente, se irrita facilmente. Na fase deprimido, apresenta depressão leve, moderada e grave”, explica o psiquiatra cooperado Unimed Sergipe, Marcos Simões.

Segundo o psiquiatra, os sintomas do transtorno se manifestam na infância e, mais comumente, na adolescência. Por este motivo, os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos. “Uma criança que é hiperativa, fala muito, depois permanece mais calada e quieta. Um adolescente que é muito alegre, depois passa a ficar triste. Pode acontecer de o paciente apresentar apenas uma fase, a eufórica ou a depressiva, mas geralmente, a maioria dos pacientes apresentam as duas fases”, completa o psiquiatra.

A bipolaridade não tem cura, no entanto, é possível conviver com o transtorno com o uso de remédios contínuos. “Os medicamentos utilizados são os estabilizadores de humor, que vão regular, no cérebro da pessoa, neurotransmissores, como serotonina e dopamina. Os remédios são de uso contínuo e, ao longo da vida, são reguladas as dosagens”, frisa Marcos Simões.

Fonte: Ascom/Unimed