Os alimentos ultraprocessados têm composição nutricional desequilibrada, ou seja, sem a distribuição qualitativa e quantitativa correta dos nutrientes
Quando o assunto é boa alimentação, os alimentos ultraprocessados são os primeiros a serem cortados do cardápio. Mas você sabe o porquê dessa proibição? Segundo o Guia alimentar da população brasileira, alimentos ultraprocessados são formulações industriais à base de ingredientes extraídos ou derivados de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido modificado) ou, ainda, sintetizados em laboratório com corantes, aromatizantes, realçadores de sabor, etc.
De acordo com o professor do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes (Unit), Hugo Xavier, exatamente por possuir uma quantidade acima do recomendado de calorias, sódio, açúcar, gorduras e outros produtos esses, esses alimentos são prejudiciais à saúde. “Eles não apresentam os nutrientes diários necessários ao funcionamento adequado do organismo principalmente as crianças. Além disso, o alto consumo de ultraprocessados também pode ser relacionado com alguns tipos de câncer, depressão, disbiose intestinal, hipertensão e diabetes”, destacou.
Os alimentos ultraprocessados têm composição nutricional desequilibrada, ou seja, sem a distribuição qualitativa e quantitativa correta dos nutrientes, por causa da inserção de aditivos em sua composição, aumentando o risco de doenças crônicas e de deficiências nutricionais. “O guia alimentar enfatiza os efeitos de longo prazo sobre a saúde e o efeito cumulativo da exposição a vários aditivos nem sempre são bem conhecidos. O ideal é você evitar esse tipo de alimento e aumentar o consumo de alimentos in natuta”, afirmou.
O grande problema é que muitas vezes consumimos ou damos às crianças alguns alimentos e nem imaginamos que se trata de ultraprocessados. A famosa barrinha de cereal, por exemplo, muito comum nas dietas, é um alimento ultraprocessado. Assim como iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados e as bebidas energéticas.
Mais alguns exemplos desses alimentos são: bolachas, chocolates, pirulitos, sorvetes; Cereais matinais açucarados; bolos e misturas para bolo; margarina; sopas, macarrão e temperos “instantâneos”; molhos prontos; salgadinhos “de pacote”; refrescos e refrigerantes; produtos congelados e prontos para aquecimento (lasanha, pizza, nuggets etc.); pães, bolachas e biscoitos feitos com gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros.
O nutricionista finaliza ressaltando que o consumo regular desse tipo de alimentos causa diversos riscos à saúde, desde desordens no trato gastrointestinal, disbiose, aumento do risco de fraturas, alterações metabólicas, problemas cardiovasculares e respiratórios, até depressão, câncer, etc.