Na Tribuna da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, dia 04, o deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) reafirmou o compromisso com o homem do campo e destacou que dará todo o empenho para evitar o fechamento das casas de farinha distribuídas no interior sergipano.

“Percebo que, em alguns anos, alguns órgãos ambientais possuem entendimentos equivocados sobre as casas de farinha e, em especial, a respeito da quantidade de manipueira resultante da produção e da destinação deste resíduo. É notório que há certo preconceito sobre o destino deste líquido extraído das prensas quando se produz farinha”, sinalizou.

De acordo com o parlamentar, Sergipe possui 250 casas de farinha, sendo uma atividade importante para a agricultura familiar. “A farinha sergipana é produzida há décadas, uma atividade da pequena propriedade em São Domingos, Lagarto, Simão Dias e muitas outras localidades. Todo estado de Sergipe tem uma casa de farinha, mas há uma dificuldade do entendimento do mecanismo do funcionamento. É interessante a Assembleia unir esforços nesse sentido”, reforçou.

Ainda na Tribuna, Zezinho Sobral anunciou que, conhecendo a realidade no interior sergipano, já está sendo construída uma proposta de um Projeto de Lei para regulamentar as casas de farinha no estado, contribuindo com a produção, a economia, permitindo a geração de resultados significativos para o pequeno produtor.

“Este é o momento adequado para que esta Casa apresente uma solução para licenciar as casas de farinha, fortalecer a agricultura familiar e garantir a atividade cultural. A farinha produzida em Sergipe é patrimônio cultural de Sergipe. É artesanal, semelhante ao queijo artesanal. Vamos trabalhar a farinha sobre esse mesmo aspecto e entendimento para ampliar possibilidades de oferta, respeitando a cultura, o produtor, o artesão e a agricultura familiar sergipana”, afirmou.

Para Zezinho Sobral, a farinha alimenta e mantém muitas famílias sergipanas. “Diante da preocupação, já tínhamos feito alguns contatos com produtores de farinha de Sergipe para fortalecer essa produção artesanal. Há uma discussão positiva muito forte. Vamos buscar embasamento legal e técnico para que possamos apresentar o projeto nesta Casa e aprovar. Podemos, sim, criar uma legislação estadual que permite a questão da produção artesanal dentro do estado e a destinação correta do resíduo”, complementou.

Alese