O Carnaval chegou e alguns cuidados devem ser observados para que a festa seja só alegria, sem riscos à saúde. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Coordenação de Vigilância Sanitária Estadual, com apoio de sua Gerência Técnica de Vigilância em Saúde Ambiental, tem algumas orientações aos foliões.

De acordo com o gerente de Vigilância em Saúde Ambiental, Alexsandro Xavier Bueno, os foliões devem tomar alguns cuidados com os itens que são bastante utilizados no período de Carnaval, como espumas, tintas, confetes e serpentinas. “A nossa preocupação é informar que alguns produtos que são comercializados, como as espumas e tintas, por se tratarem de produtos químicos, podem causar intoxicação aos que estão usando ou pessoas próximas, principalmente crianças que são mais vulneráveis”, explica.

Espumas e tintas
Estes itens podem causar alergia e irritação na pele e nos olhos. Não podem ser inalados, ingeridos, ou ter contato com a boca e mucosas. Recomenda-se atenção especial às crianças, já que são mais vulneráveis à exposição por produtos químicos muito utilizados nesta época (espumas e tintas). O uso por crianças deve ser acompanhado e monitorado por um adulto.

Além disso, os rótulos desses produtos devem apresentar informações obrigatórias dos riscos e composição conforme a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É proibido o uso de expressões como: ‘não tóxico’, ‘seguro’, ‘inócuo’, ‘não prejudicial’, ‘inofensivo’ ou outras indicações similares.

Confetes e serpentinas
Alguns destes adereços podem ter sua constituição do tipo ‘metálica’. Dessa forma, as pessoas não devem atirar, em hipótese alguma, nenhum objeto em direção aos cabos, nem mesmo os sprays de espuma, que são condutores de eletricidade, já que a proximidade de material metálico com a fiação de alta tensão pode ser fatal. Utilize adereços de papel.

Produtos para modelar cabelo
A Secretaria de Estado da Saúde reforça a determinação da Anvisa da proibição de venda de todos os produtos utilizados para modelar, trançar ou fixar os cabelos. Ressaltamos ainda que os produtos interditados não podem ser distribuídos, comercializados ou expostos para a venda em nenhum tipo de estabelecimento.

A Resolução nº 475 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Entre os efeitos adversos causados pelos produtos estão a cegueira temporária, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, ceratite, inchaço ocular e dor de cabeça, tendo sido, inclusive, já registrados alguns casos pela Anvisa.

Sol e calor
O sol aliado ao calor pode provocar mal-estar, então é bom utilizar protetor solar nas áreas da pele que ficarão expostas. Associe ao uso do protetor outras medidas de proteção física, como o uso de roupas de proteção solar, chapéu de abas largas, guarda-sol ou sombrinha, além da busca por lugares com sombra para minimizar a exposição.

Hidrate-se sempre. Beba água com frequência para prevenir a desidratação. Ao sair de casa, não se esqueça de levar uma garrafinha de água para manter a hidratação adequada.

Lixo
O descarte do lixo, como garrafas plásticas, copos, sobras de alimentos e entre outros, devem ser em um local adequado. Quando chove, o lixo e demais materiais depositados nas ruas é arrastado e se acumula junto às bocas de lobo e impede a vazão da água, provocando alagamentos e doenças.