O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou-se no Twitter, nesta quinta-feira (28/4), em defesa da Justiça Eleitoral e do sistema eletrônico de votação.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente, e as urnas eletrônicas, confiáveis”, escreveu Pacheco. “Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil”, completou o senador.
A manifestação ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) dizer que é preciso ter uma maneira para que se possa confiar no processo eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas.
Durante evento intitulado de “Ato Cívico pela Liberdade de Expressão”, realizado na quarta-feira (27/4), no Palácio do Planalto, o mandatário da República disse que é necessário implementar as sugestões apresentadas pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para garantir a lisura das eleições e ampliar a confiabilidade do processo eleitoral.
“Não precisamos do voto impresso para garantir a lisura das eleições, mas precisamos de ter uma maneira — e ali, nessas sugestões, existe essa maneira — para a gente confiar nas eleições”, assinalou o chefe do Executivo federal.
Em fevereiro deste ano, Bolsonaro já declarou que as Forças Armadas são as “fiadoras” do processo eleitoral. Após o evento de ontem, o presidente afirmou que essas instituições elencaram recomendações ao TSE, que incluem uma espécie de apuração paralela.
“Como os dados vêm pela internet para cá, e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil”, pontuou.
O TSE já frisou que não existe uma “sala secreta”. A questão enviada pelo general Heber Garcia Portella, representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições, diz respeito às “medidas a serem tomadas em caso da constatação de irregularidades nas eleições”.