Os profissionais de educação física estão apelando ao Governo do Estado o retorno das atividades, após 100 dias de suspensão devido ao decreto governamental. A categoria reclama dos prejuízos financeiros que a pandemia tem causado e o caos social que toma conta de homens e mulheres que sobrevivem dessa área.

Segundo o professor Yoakan Jocelis, que leciona no Clube de Karatê União, a escola tinha 60 alunos e hoje apenas oito continuam com aulas virtuais. "Estamos desesperados, devendo aluguel, sem uma perspectiva de reabertura e um plano de contingência do coronavírus. Eu segui rigorosamente toda a quarentena, mas hoje está praticamente quase tudo aberto", lamenta.

Yoakan defende o retorno das aulas de artes maciais seguindo regras rígidas. "Nós temos um protocolo a seguir com distanciamento adequado, uso de máscara, álcool gel, desinfecção dos pés dos alunos, a limpeza da área interna, e o uso do próprio squaze. Pretendemos seguir todos os protocolos que a OMS, as secretarias de saúde e as vigilância sanitárias determinam", cometou.

O professor lembra que outas atividades estão funcionando, a exemplo do transporte coletivo e as feiras livres. "Porque não dar uma chance para as academias? E os ônibus, as feiras e as casas lotéricas superlotadas? Pedimos a governador para olhar para nós, professores. A gente contribui muito para a sociedade. Vários já fecharam seus centros de treinamentos e dojôs", revela Yoakan.

Ele finaliza revelando uma situação preocupante: muitos jovens estão adoecendo depois que deixaram as atividades. "Temos muitas crianças e adolescentes ficando doentes porque não se encaixaram nesse treinamento on line e estão adquirindo depressão e ficando gordos, diabéticos, porque Netflix só dá vontade de comer, e geralmente comidas que não fazem bem", concluiu.