Estado apresentou crescimento de 28% na criação de postos de trabalho nesse segmento, segundo revelou pesquisa do IBGE
Mais uma vez, os números comprovam que Sergipe continua no caminho certo da geração de renda. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, o estado apresentou o melhor desempenho do Brasil em relação à criação de postos de trabalho no setor da economia criativa, com um crescimento de 28%.
Os dados foram analisados pela Fundação Itaú e ainda revelam que, em todo o país, a economia criativa foi responsável pela geração de 7,7 milhões de postos de trabalho naquele ano, e os segmentos que puxaram mais essas contratações foram as empresas de design (crescimento de 29% na oferta de vagas), música (24%), desenvolvimento de software e jogos digitais (18%) e gastronomia (16%).
Em Sergipe, o resultado positivo é fruto do trabalho desenvolvido de maneira constante pelo Governo do Estado para o fortalecimento desse setor econômico. Segundo o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, Jorge Teles, dentre as iniciativas da gestão estadual, destaca-se a criação de uma política de Estado que garante a participação de empreendedores da economia solidária, da gastronomia e do artesanato em todos os eventos promovidos ou patrocinados pelo governo, por meio dos espaços destinados à economia criativa.
No ano passado, essa medida foi responsável pela arrecadação de mais de R$ 3 milhões para esses empreendedores. “Esperamos dobrar esse número este ano, já que o governo tem promovido diversos eventos que fomentam o turismo, fazem a roda da economia girar e beneficiam 78 setores da nossa economia, inclusive a economia criativa”, assegurou o secretário.
O exemplo mais recente disso foi o Arraiá do Povo, encerrado no dia 30 de junho, e a Vila do Forró, que se estenderá até o dia 31 de julho, que este ano contou com 22 operações entre bares, restaurantes e lanchonetes, além da participação de 160 vendedores de bebidas, 30 operações de alimentação (diversos) e mais de 25 operações de drinks, ou seja, mais de 200 ambulantes foram contemplados no período do evento.
Além disso, a Vila do Forró, com programação ativa até o final de julho, garante mais um mês de trabalho para outros 30 contemplados pelo edital da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) para a comercialização de artesanato e alimentos no espaço. Há ainda a casa cenográfica para exposição de peças de moda autoral que, via edital intermediado pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), possibilitou a presença de dez estilistas no evento.
Também vale ressaltar que quase 400 atrações musicais tiveram oportunidade de trabalho durante os festejos juninos realizados pelo Governo do Estado na capital, sendo que mais de 300 foram artistas sergipanos, distribuídos entre os palcos do Arraiá do Povo, Coreto e Barracão Cultural.
“Os festejos juninos de Sergipe são a nossa maior manifestação cultural que gera maior fluxo turístico para o estado e que valorizam nossa cultura e nossas tradições. A cada ano temos visto a sua importância para a economia do nosso Estado, que este ano tem expectativa de arrecadação de mais de R$ 100 milhões, com investimento de R$ 27 milhões. Esses dados referendam o quanto a sua realização tem refletido também no fomento à economia criativa e na geração de oportunidades de trabalho, carro-chefe da atual gestão estadual", destacou o diretor-presidente da Funcap, Gustavo Paixão.
Outros eventos, como o Verão Sergipe, a Vila da Páscoa Iluminada e a Vila do Natal Iluminado, também foram responsáveis pela geração de renda desses empreendedores durante o ano inteiro. “Esses eventos promovem a abertura de espaços para receber turistas e, sobretudo, para a criação de oportunidades para que todos os empreendedores sergipanos que fazem parte da economia criativa possam assegurar sua renda e dinheiro extra”, reforçou Jorge Teles.
A gestão estadual também se responsabiliza, inclusive, pela capacitação dos trabalhadores do setor alimentício para a participação nesses eventos, por meio da realização de oficinas de qualificação em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial em Sergipe (Senac/SE), a exemplo de cursos de culinária natalina, junina e pascal. “Essas qualificações profissionais ocorrem durante todo o ano e têm como objetivo garantir que essas pessoas aproveitem aquela oportunidade do momento econômico”, indica o secretário do Trabalho.
Além disso, a Seteem tem buscado assegurar a participação dos artesãos sergipanos em diversas feiras nacionais, a fim de que eles possam não apenas comercializar seus produtos, como também ganhar mais visibilidade para os seus trabalhos. No ano passado, a pasta patrocinou a ida desses artesãos a três feiras, e agora em 2024 devem ser sete, a exemplo da 24ª Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Fenearte), que acontece no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, que acontece até o dia 14 de julho, onde um grupo de artesãos sergipanos participa.