Muitas pessoas optam por preparar os alimentos em casa e congelá-los para consumir em outras oportunidades; prática é recomendada, mas exige alguns cuidados

Uma das práticas mais comuns no cotidiano de muitas famílias, ou mesmo de pessoas que moram sozinhas, é preparar os próprios alimentos e guardá-los na geladeira ou mesmo congelá-los, para que eles possam ser consumidos em outro momento. Isso passou a ser mais presente e corriqueiro para muitas pessoas, principalmente as que precisam conciliar uma intensa agenda diária de trabalho, estudos e outros compromissos, dispondo de um tempo cada vez mais curto.

“A conservação de alimentos utilizando o frio é uma das principais ferramentas utilizadas na tecnologia de alimentos como ferramenta de aumentar a vida útil deles, além de ser uma excelente forma de reduzir o risco de contaminação. O congelamento de refeições entra como uma ótima opção para conseguirmos manter uma alimentação saudável, mesmo com a correria do dia a dia”, define a nutricionista e professora Ana Carolina Machado, do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes (Unit). 

Existem produtos que já são vendidos de maneira congelada ou resfriada, como frango, peixes e carne. No entanto, muitas pessoas optam por cozinhar ou separar os alimentos em casa, guardando-os em potes e sacos plásticos antes de levá-los à geladeira ou ao congelador. Segundo a professora, o cuidado no preparo dos alimentos é fundamental para que o alimento continue seguro até o momento do consumo. “O ideal é, após o processo de cozinhar os alimentos, separar em pequenas porções para guardar. Há quem prefira separar por alimento e quem prefira separar por refeição pronta”, pontua Carolina. 

Algumas recomendações devem ser seguidas no momento de armazenar os alimentos na geladeira, no congelador ou no freezer. Um deles diz respeito à escolha dos produtos que serão congelados. Alguns, como batata inglesa, frutas e vegetais para saladas cruas não são boas opções para congelar. “A textura das frutas e verduras pode ficar alterada e ao descongelar, não funciona muito bem. Já a batata cozida, purê de batata ou nhoque de batata ficam com textura não agradável ao paladar”, orienta a professora.

Outro ponto de atenção é com a temperatura do congelador, cuja faixa mais adequada deve variar entre -12ºC e -18ºC (graus negativos). No caso da geladeira, a temperatura adequada deve ser entre 2ºC e 10ºC (graus positivos). “Ao terminar de preparar as suas refeições, leve-as ao refrigerador (geladeira) por algumas horas para que a temperatura diminua reduzindo riscos. A seguir, você pode congelar a sua preparação com menos riscos de formar cristais de gelo”, diz Carolina, esclarecendo ainda que o alimento não estraga se for colocado ainda quente na geladeira. “O que vai acontecer talvez seja uma demanda de trabalho um pouco maior da sua geladeira, mas nada que a danifique”, completa. 

Estima-se que as marmitas congeladas podem durar de três a seis meses, a depender da potência do congelador ou do freezer, que pode também ter a temperatura menor que -18ºC. Um alerta importante é de que a marmita, uma vez retirada do congelador, não pode ser recolocada. Ana indica que ela deve ser mantida na geladeira e consumida em até 72 horas. “O ideal é que o descongelamento seja feito sob controle de temperatura. Ou seja, nada de tirar a marmita congelada e colocar para descongelar em cima da bancada da cozinha. Deve-se retirar a refeição e colocá-la na geladeira até descongelar”, afirma, acrescentando que esse descongelamento também pode ser feito no micro-ondas, em caso de consumo imediato. O procedimento também é considerado seguro.

Asscom Unit