Pesquisadores em todo o mundo correm contra o tempo em busca de mais informações sobre o coronavírus e soluções para estancar a pandemia. Pesquisas revelam que o vírus pode resistir por dias em algumas superfícies.

“Alguns estudos apontam de horas até vários dias. O tempo varia de acordo com o ambiente e superfície. Os vírus são compostos de RNA (ácido ribonucleico), o que os tornam mais instáveis”, comenta a professora Patrícia Almeida, coordenadora do curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes.

As análises apontam que, no ar, o vírus pode agir até três horas a partir da exposição. Já na superfície de papelão esse tempo chega a 24 horas, mas é em superfícies de aço inoxidável e em plástico que o tempo de sobrevivência do vírus é maior, podendo chegar até três dias.

“É importante salientar que boas práticas de higiene e segurança são fundamentais nas atividades diárias da população, não somente em relação a infecções virais, mas também a qualquer outra doença infectocontagiosa. Inclusive, em muitas atividades laborais a biossegurança é fundamental para evitar qualquer tipo de contaminação”, enfatiza a biomédica.

A expectativa da biomédica é que o momento atual possa gerar uma mudança de comportamento. “Esperamos que, após a pandemia, a população esteja mais consciente em relação aos hábitos de higiene e prevenção. Precisamos tirar algo de positivo desse contexto. O hábito diário que está sendo criado, como lavar as mãos com água e sabão, etiqueta de tosse e espirros, ajudam a evitar a disseminação de microrganismos”, finaliza Patrícia.