Depois de receber inúmeras reclamações dos servidores da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), o Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) entregou um ofício na Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta terça-feira, 1, com cronograma para o cumprimento de reivindicações por parte da SES em relação a pontos significativos como troca de plantões, revisão do Plano de Emprego e Remuneração (PER) e tíquete-alimentação.
"Tudo o que foi proposto no ofício enviado para a secretária pode ser realizado, desde que tenha vontade política para executar, visto que estas demandas já foram concedidas para os trabalhadores das outras duas fundações: Parreiras Horta e Fundação Estadual de Saúde. Os servidores da FHS, que tanto representam bem a saúde no nosso estado não podem ficar de fora destes direitos", afirma o presidente do Sintasa, Augusto Couto.
No documento, a direção do Sintasa traçou três datas para que as reivindicações da categoria sejam atendidas. O sindicato deu um prazo para que a partir de 1º de janeiro de 2021 a secretaria permita seis trocas de plantões por mês, quatro folgas-prêmio por ano e folga aniversário dentro do mês.
A outra data é que a partir de 1º de fevereiro do próximo ano, a SES garanta as 30 horas semanais através de Lei e a Revisão do PER. Por fim, o Sintasa espera que a partir de 1º de março, os trabalhadores da FHS sejam contemplados com tíquete-alimentação no valor de R$600,00, sendo escalonado em parcelas: a partir de 1º de março (R$300,00), 1º de junho (R$450,00) e a partir de 1º de setembro (R$600,00). Outra reivindicação para a partir de 1º de março é o pagamento de auxílio-creche no valor de R$150,00 para cada filho de 0 a 10 anos.
De acordo com o presidente do Sintasa, o sindicato espera com brevidade de tempo receber uma resposta favorável por parte da secretária da SES, Mércia Feitosa, mas se nos próximos dias a gestão não sinalizar positivamente, o Sintasa irá convocar assembleia geral com possibilidade de mobilizações como paralisação ou até mesmo greve.
"As reivindicações dos trabalhadores da saúde são viáveis e corretas, uma vez que o último Acordo Coletivo do Trabalho foi assinado em 2011, ou seja, mais de 9 anos da última negociação, e de lá pra cá não tivemos nenhum reajuste salarial linear, que é uma Lei Federal, já que todo ano deveria haver a recomposição salarial. E há mais de oito anos não temos esta recomposição", afirma Augusto Couto.
Outro agravante, segundo o presidente do Sintasa, é que tanto a secretária da SES como o governador do Estado, Belivaldo Chagas, deveriam levar em consideração que boa parte dos trabalhadores da SES estão na linha de frente no combate à Covid-19. "Nem os 40% da insalubridade, reivindicada pelo Sintasa, diante desta pandemia foi pago aos servidores. É lamentável que entra governo e sai governo e os trabalhadores da saúde sempre são colocados de lado", reclama Augusto Couto.
Para a categoria, o líder sindical avisa que mesmo com a pandemia a direção do sindicato continua fazendo visitas pontuais nas unidades de saúde, onde tem conseguido tirar as dúvidas dos trabalhadores, orientando em questões trabalhistas e prestando contas das atividades do Sintasa.
Fonte: assessoria