O Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde, recebeu autorização do Ministério da Saúde (MS) para realizar transplante de pele. O pleito foi atendido após envio da documentação atestando a capacidade da unidade hospitalar em realizar esse tipo de procedimento.
De acordo com o coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandes, o pedido foi direcionado para a coordenação geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) para vagas em curso de atualização em Transplantes de Pele para cirurgiões plásticos do Huse. “A coordenação da Organização de Procura de Órgãos do Estado (OPO) junto com a Central de Transplantes esteve em algumas reuniões com o responsável técnico da Unidade de Tratamento de Queimados do Huse (UTQ), Bruno Cintra, que sempre demonstrou interesse na autorização do SNT para realizar o transplante. Desta forma, num empenho conjunto com a direção do Huse, esse ano foi enviado para o Ministério da Saúde, toda documentação para que o hospital e a equipe da UTQ pudessem realizar o tratamento dos grandes queimados, utilizando também o transplante de pele”, disse Benito.
A autorização permite que o Huse solicite e utilize pele de doador não vivo de órgãos, quando necessário. Anteriormente, o processo era informal, o que tornava a obtenção mais demorada. Agora, com a autorização oficial, o hospital poderá agilizar o acesso a esse recurso terapêutico crucial no tratamento de pacientes queimados.
Segundo o cirurgião plástico e responsável técnico da UTQ do Huse, Bruno Cintra, o transplante de pele é importante para pacientes com queimaduras graves. “Além de aumentar a chance de sobrevivência, ele reduz o tempo de internação. Isso beneficia tanto os pacientes quanto o sistema de saúde, otimizando recursos econômicos”, salientou o médico.
O critério de seleção para o transplante de pele seguirá diretrizes rigorosas, priorizando pacientes com alto risco de óbito. Ainda segundo Bruno Cintra, alguns casos de sucesso no Huse demonstraram a eficácia dessa técnica. “Já utilizamos algumas vezes com sucesso, e os pacientes que tinham risco de óbito, sobreviveram, graças a técnica utilizada e à dedicação de toda equipe de assistência”, comentou.