Falta de conhecimento ou vergonha são fatores que afastam as mulheres dos consultórios ginecológicos

Cerca de 4 milhões de mulheres brasileiras nunca foram ao ginecologista, é o que aponta a pesquisa “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”, realizada pelo Instituto Datafolha em 2023 sob encomenda para a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). As estatísticas também mostram que 43% das brasileiras não realizam exames ginecológicos de rotina. Quando é analisado por estado, o panorama revela       que Sergipe é a segunda localidade em que mais mulheres fazem consultas anualmente, com 69% delas.

Os números reforçam a importância de campanhas que promovam a conscientização para os cuidados regulares com a saúde feminina, afinal, a saúde e o bem-estar das mulheres não dependem apenas dos hábitos e do estilo de vida, mas também de cuidados médicos essenciais que são também as principais ferramentas na prevenção e detecção precoce de doenças, especialmente os cânceres que mais afetam este público.

“Entre os mais importantes estão o papanicolau, realizado anualmente e utilizado para a detecção precoce do câncer do colo uterino; a colposcopia e vulvoscopia, que complementam o papanicolau no rastreamento do câncer do colo uterino, vulva e vagina; e o exame de macrobiota vaginal e painel multiplex, que avaliam a flora vaginal e possíveis infecções”, aponta a ginecologista da Oncoclínicas em Sergipe, Dra. Ildete Caldas.

A especialista também destaca outros exames como essenciais para a manutenção da saúde da mulher, como a genotipagem para HPV, que identifica a presença do papilomavírus humano, responsável pelo câncer do colo uterino; a mamografia, realizada anualmente a partir dos 40 anos para detectar lesões precursoras do câncer de mama; e a ultrassonografia pélvica e/ou transvaginal, utilizada para avaliar a saúde dos órgãos reprodutivos internos.

“Detectar doenças ginecológicas precocemente aumenta significativamente as chances de cura. O papanicolau, por exemplo, pode identificar lesões precursoras do câncer do colo uterino, permitindo um tratamento eficaz antes que a doença se desenvolva. A mamografia, por sua vez, é crucial para a detecção precoce do câncer de mama, o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, seguido pelo câncer do colo uterino”, aponta.

Outros cânceres comuns em mulheres incluem os de cólon, reto, pulmão e estômago. “Vários fatores de risco estão associados a essas doenças, tais como início sexual precoce, múltiplos parceiros sexuais, multiparidade, tabagismo, sedentarismo e uso de anticoncepcionais orais. A prevenção através de exames regulares e hábitos de vida saudáveis pode reduzir significativamente esses riscos”, afirma a ginecologista.

A necessidade e a frequência dos exames ginecológicos podem variar com a idade e outros fatores de saúde, como explica a médica. “Muitas mulheres, especialmente as mais jovens, desconhecem a importância dos exames periódicos, enquanto as mais idosas podem sentir vergonha ou constrangimento ao realizá-los. Superar esses obstáculos com educação e conscientização é crucial”, orienta.

Alguns sintomas, de acordo com a médica, podem indicar a necessidade de consultar um ginecologista, como menstruação irregular, corrimento vaginal com odor fétido, dor pélvica, dispareunia (dor durante a relação sexual), dor às micções e lesões vaginais, vulvares ou anais. Nódulos mamários também são sinais de alerta.

“A educação informativa ginecológica é fundamental para que as mulheres assumam o controle de sua saúde e bem-estar. Programas de prevenção e campanhas de conscientização são essenciais para que a prevenção seja vista como a melhor aliada contra as doenças ginecológicas. As inovações tecnológicas têm revolucionado os exames ginecológicos, permitindo diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes. Equipamentos de alta resolução e o desenvolvimento de novas tecnologias têm facilitado a medicina preventiva, possibilitando uma abordagem mais proativa na saúde da mulher”, finaliza.

Sobre a Oncoclínicas&Co

A Oncoclínicas&Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém-lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.