A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju reforça o alerta à população sobre os riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes ou pods. Apesar da aparência moderna e dos sabores variados, o dispositivo contém nicotina e outras substâncias tóxicas que causam dependência, doenças respiratórias, cardiovasculares e até câncer.

A médica pneumologista Ana Paula Argolo, do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR), esclarece que os cigarros eletrônicos não são alternativas seguras ao cigarro tradicional. “Eles também promovem tabagismo passivo, liberam substâncias cancerígenas e irritantes. Oferecem risco de doenças pulmonares grave, como a EVALI, que é a lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos ou produtos de vaporização e tão grave quanto o dano que a Covid pode fazer no pulmão. Além de infartos e derrames”, alerta. 

O uso, comercialização e propaganda desses dispositivos são proibidos no Brasil pela Anvisa (RDC 46/2009). Ainda assim, seu consumo cresce entre jovens, muitas das vezes atraído por formatos coloridos e aromas artificiais do produto. “É um erro histórico repetir a normalização do cigarro com o vape. Não podemos permitir isso, ele não é inofensivo e pode ocasionar graves danos à saúde”, endossou a médica pneumologista. 

Tratamento para tabagistas

Moradores de Aracaju que desejam parar de fumar, inclusive quem usa cigarro eletrônico, podem buscar apoio gratuito no programa de combate ao tabagismo da SMS, disponível no CEMAR Siqueira Campos, na Rua Bahia. O serviço é vinculado ao Ministério da Saúde, oferece acompanhamento psicológico, apoio medicamentoso e abordagem cognitivo-comportamental.